Desde 2018 o calendário de datas comemorativas internacional marcou o 16 de maio como o Dia Mundial dos Funcionários e Funcionárias de Escola. Mais do que uma data, o dia exige a reflexão sobre a importância desse e dessa profissional no espaço escolar.  Apesar de atuarem nos bastidores da escola, são eles e elas os responsáveis por todo o fazer pedagógico fora das salas de aulas. 

O conceito de que todos e todas que atuam no chão da escola são educadores e educadoras é uma das defesas o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso. A luta é para garantir a esses e essas trabalhadores/as salários dignos, jornada única e profissionalização. “A qualificação do/a funcionário/a é fundamental para a qualidade da educação ofertada no ambiente escolar”, destaca o secretário de Funcionários do Sintep/MT, Klebis Marciano. 

Apesar dos avanços, reconhecido pela Lei Orgânica dos Profissionais da Educação (LOPEB) nº 050/1998.há grandes desafios, ainda, principalmente nas redes municipais. Muitos gestores adotam a lógica mercantilista, retirando a identidade de educadores/as dos funcionários, rompendo o vínculo educacional por meio da terceirização dos contratos e da precarização dos salários.

Visibilidade

Mesmo com as conquistas o exercício profissional ainda apresenta inúmeros desafios, afirma o técnico em manutenção e infraestrutura/vigilância, Jonas Ribeiro Alencar. Profissionalizado, com 20 anos de carreira, destaca que apesar dos 25 anos de unificação na rede estadual, a valorização ainda não é de fato respeitada pela comunidade escolar. “Valorização vem com respeito, atenção e valor ao trabalho do funcionário, sem minimização da função e isso ainda existe de forma evidentes nas Escolas”, relata.

Na função de Apoio Administrativo/Merenda, Emanuelle Castrillon Garcia, destaca como positiva a interação com os estudantes e ter o reconhecimento deles no resultado de sua atividade. “É uma satisfação que me enche de coragem”. Atuando desde de 2011, ainda convive com o preconceito, com a ignorância apresentada na hierarquização das funções no espaço escolar e com a invisibilidade que muitos querem colocar os funcionários.

Conforme ela, a luta pelo reconhecimento ainda é um desafio. “Se fala muito em gestão democrática, mas na prática não acontece. O meu trabalho não fica restrito a cozinha exerço educação alimentar conversando, explicando e ensinando aos alunos. Quando entrei na educação muitas coisas me chocaram, mas hoje eu enfrento, com sabedoria inteligência e diálogo”, destaca.

Também apoio administrativo escolar/Merenda, Maria Gorete Fulgêncio, recém empossada na rede estadual, registra a vivência de ter atuado na mesma função na rede municipal. Segundo ela, o diferencial na sua carreira veio com a profissionalização, quando deixa de ser executora de tarefas para se empoderar da profissão, se sentindo segura para atuar e participar do processo educativo na escola. “Aguardo agora o curso superior”, afirma.

O dirigente sindical, Klebis Marciano, ressalta a valorização está sendo atacada não apenas no conceito, mas também na lei, com a onda neoliberal mundial, e sua repercussão nos governos brasileiros. A implantação da política de Estado Mínimo, trazida pelo governo federal, materializada na Emenda Constitucional nº 95, que congela os investimentos nas áreas sociais, saúde e Educação, por 20 anos, com o achatamento de salários, e retirada de direitos. “Mas a resiliência sempre foi política do SIntep/MT a luta é permanente”, concluiu. 

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 15/05/2020 19:28:56


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