Em notícia divulgada nesta semana  (23.07) na mídia mato-grossense fica registrado os desafios ainda enfrentados pelas mulheres negras. Segundo o texto, uma babá que estava na área comum do condomínio, trabalhando, foi vítima de racismo por um morador. Agredida verbalmente registrou boletim de ocorrência. 

O fato só reafirma a importância da comemoração e reflexão no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, neste 25 de julho de 2020. A data marca também, a homenagem a líder quilombola, brasileira, Tereza de Benguela, que por mais duas décadas enfrentou a escravidão.

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) que entre suas bandeiras estão combate ao racismo, ao sexismo, e a todo tipo de preconceito, presta homenagem às mulheres negras no enfrentamento contra o racismo estrutural, impregnado na cultura brasileira. As mulheres negras são o grupo mais atacado em seus direitos humanos e sociais, principalmente pela ausência de políticas efetivas que combatam o racismo e o sexismo e assegure condições de competitividade e igualdade.

No Brasil a maioria das mulheres negras vivem em situação de exploração, opressão, conforme comprovam os indicadores sociais e econômicos. São vítimas de homicídio 71% mais vezes que as mulheres não negras (Dados do Atlas da Violência – IPEA e Fórum Brasileiro de Segurança). 

As mulheres negras estão 50% mais suscetíveis ao desemprego do que outros grupos, e durante a crise econômica a taxa de desemprego de mulheres negras é 80% maior do que em outros períodos. Dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Aplicada) revelam que as mulheres negras compõem o grupo submetido a condições mais precárias de trabalho, ficando atrás dos homens negros, mulheres brancas e homens brancos

Apesar de todas as dificuldades as mulheres negras registram uma história de luta e resistência desde o período do Brasil Colônia, quando enfrentaram o escravismo, dirigindo insurreições, fazendo parte da direção dos quilombos, como é o caso da Tereza de Benguela, que simboliza a maioria das mulher negras chefes de famílias e responsáveis pelo sustento familiar.

Quem foi Tereza de Benguela

Tereza de Benguela liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho. Documentos da época, registram que o local abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 indígenas. O quilombo, localizado no Vale do Guaporé (MT), resistiu da década de 1730 até o final do século XVIII. Tereza foi morta após ser capturada por soldados, em 1770. (Com informações ANDES, Fundação Palmares, G1 e SindBancários)

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 24/07/2020 18:46:03


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