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Trabalhadores da Educação, estudantes e associações comunitárias protestam em frente à Seduc contra o fechamento de unidades de Ensino
Dezenas de trabalhadores da Educação, estudantes, pais e líderes comunitários se reuniram na tarde desta quinta-feira (03/12) em frente à Secretaria Estadual de Educação para protestar contra o fechamento de unidades de Ensino, incluindo escolas, centros de Educação para Jovens e Adultos e centros de formação profissional.
O governo alega que estudantes e profissionais da educação pertencentes às unidades fechadas, serão remanejados para outras escolas, no entanto, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), e toda a comunidade escolar, questionam fatores importantes e que foram completamente ignorados pelo estado ao decidir pelo fechamento. “Um dos pontos totalmente prejudiciais nessa decisão arbitrária do governador Mauro Mendes, é quanto ao processo de aprendizagem que será amputado para esses estudantes realocados. Isso porquê cada unidade de ensino tem seu projeto pedagógico e a forma como o conteúdo é trabalhado em uma escola, não é necessariamente a mesma em outra, ou seja, muitos estudantes poderão ficar perdidos nessa continuidade”, disse Juscelino Dias de Moura, presidente da subsede do Sintep em Várzea Grande.
Líderes de Associações comunitárias de diversos bairros também discursaram durante o protesto e criticaram a decisão do governo. “Nossos filhos que, antes tinham perto de casa sua escola, agora terão que pegar ônibus e se deslocar para outras regiões para poder estudar. Além da distância, que pode não significar nada para o governo, visto que o alto escalão e seus filhos não utilizam o transporte público, tem o tempo de deslocamento e o perigo em atravessar ruas e avenidas num trajeto em que esses alunos não estão acostumados”, disse uma líder comunitária.
Professores alegam falta de diálogo da Seduc
O diretor da escola estadual Ernandy Baracat de Arruda, Walter Benedito da Silva em Várzea Grande, disse que ficou sabendo do fechamento da sua escola através de um e-mail. “Com uma decisão que vai impactar a vida de quase mil estudantes e suas famílias, a secretaria de educação não foi capaz de realizar sequer uma conversa pessoalmente com o corpo docente da unidade. Simplesmente recebi um e-mail informando da decisão. Falta diálogo, falta o governo ser mais humano e avaliar melhor quais os impactos dessas unidades de Ensino serem desativadas”, criticou.
Fonte: Assessoria Sintep-MT.
