A Secretaria Municipal de Educação de Nova Guarita, a 667 km de Cuiabá, tem possibilidade de pagar o piso de R$ 1.132,00 aos trabalhadores da rede municipal de ensino. Para isso, a pasta deve apenas implantar um mecanismo de gestão eficiente. É a conclusão a que chegou o secretário de Redes Municipais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Alex Ferreira da Cruz, que esteve no município no dia 20 de outubro.

Além dele, o presidente do Sindicato, Gilmar Soares Ferreira, e o secretário de Políticas Educacionais, Henrique Lopes, visitaram os profissionais com o objetivo de esclarecer a real situação à categoria. "Estudos sobre as receitas e despesas já apontaram esse piso possível, desde que o Poder Público solucione o problema de gestão na pasta", ressaltou Alex Ferreira, referindo-se ao número de funcionários e professores que recebem pela Secretaria de Educação muito além da capacidade da pasta.

Para intensificar a mobilização dos profissionais da educação, os diretores do Sintep/MT visitaram as escolas da rede municipal destacando as perdas salariais que a categoria vem sofrendo. "O PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) implantado em Nova Guarita é arcaico, um modelo dos anos 90 ainda", protestou o sindicalista. O piso atual do município é R$ 712,00. Além disso, os trabalhadores encontram dificuldades para negociação que sequer foi estabelecida. "O Poder Executivo se nega a discutir a revisão da carreira com o Sindicato".

Segundo o secretário de Redes Municipais do Sintep/MT, o Executivo Municipal está cerceando a mobilização dos profissionais da rede municipal de ensino. "Existem registros de que os trabalhadores estão sendo pressionados a desarticular o movimento", frisou. Com a visita dos membros da Direção Central do Sindicato, a tendência é que a categoria intensifique a organização para o enfrentamento. No dia 16 de setembro, por exemplo, quando a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) realizou a Mobilização Nacional, os profissionais de Nova Guarita paralisaram as atividades.

Cuiabá, MT - 26/10/2010 00:00:00


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