Sem condições mínimas de pessoal e sem recursos para reparos, o início do ano letivo poderá ser adiado em quase todas as escolas de Várzea Grande na rede Estadual
O Governador Pedro Taques vai viver uma amarga experiência neste início de 2016 quando em Várzea Grande a maioria das escolas da rede estadual deve adiar o início do ano letivo por falta de pessoal e por problemas na infraestrutura e manutenção das escolas.
A realidade das unidades escolares, hoje, é bem diferente do que o Governador Pedro Taques encontrou no ano passado, inclusive quando visitou uma escola na abertura do ano letivo em Várzea Grande. A confusão de gestão na Seduc é visível e está complicando a vida da gestão nas escolas e a partir de segunda-feira, vai complicar a vida de muitos estudantes e de pais e mães de alunos que poderão encontrar os cartazes de adiamento do início do ano letivo por falta de condições.
PROBLEMAS NA REDE ESTADUAL DE MT
Basta ler a Ata que documentou a reunião de gestores das escolas estaduais em Várzea Grande, realizada dia 05 de fevereiro, para termos a dimensão dos problemas. Os gestores alegam a impossibilidade de iniciar o ano letivo no dia 15/02 (próxima segunda-feira) em função dos seguintes problemas: falta de coordenação pedagógica nas escolas, atribuição tardia para funcionários e professores contratados, falta de coerência da SEDUC em relação ao processo de contratação dos interinos; as constantes alterações nas portarias - o que vem travando o início dos trabalhos nas escolas, por indefinição do quadro de pessoal em razões das “inovações” promovidas pela Seduc, falta de recursos para preparação das escolas para receber os estudantes para início do ano letivo.
Mas, os problemas não param por aí, os gestores falam da necessidade de pessoal para a segurança e manutenção das escolas no período diurno, falta carteiras e mesas em algumas escolas, entre outros problemas que são constatados numa simples visita às escolas.
Certamente, se o Governador voltar ao Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Licínio Monteiro em Várzea Grande, escola que ele escolheu para visitar na abertura do ano letivo de 2015, vai encontrar uma situação bem adversa da que encontrou quando iniciou seu governo. Hoje, as coisas estão muito mais difícieis no CEJA Licínio Monteiro, principalmente por consequências das investidas da própria Seduc, que segundo informações extraoficiais que são ventiladas, o propósito da atual gestão na Seduc é “fechar” os Cejas. No caso do único CEJA de Várzea Grande, esta operação está em curso, pelas inúmeras dificuldades que a escola está enfrentando, uma delas a não liberação pela Seduc da atribuição de aulas no CEJA, o que impede o planejamento pedagógico para inicio das aulas.
A Ata da reunião e outros documentos oriundos de reunião de gestores em vários municípios estão sobre as mesas das superintendências da Seduc pedindo o adiamento do ano letivo na rede estadual por falta das mínimas condições.
Para o presidente do SintepVG, Gilmar Soares Ferreira, a história é mesmo feita a partir das contradições, pois o governador Pedro Taques e os gestores da Seduc que tanto criticaram o governo anterior, conseguem, hoje uma façanha prodigiosa: desorganizar o que estava organizado. "O que estava ruim, está ficando pior!", avalia o professor.