O presidente do Sintep/VG, Gilmar Soares Ferreira, classificou de insensível e ignorante a declaração do Subsecretário de Educação, Gilberto Fraga, sobre a resistência dos profissionais em muitas escolas de não iniciar o ano letivo. O secretário foi à televisão responsabilizar os educadores e chamar de “operação tartaruga” em função da resistência ao processo seletivo simplificado.

"É lamentável que alguém que ocupe um lugar central na pasta da educação tenha uma visão tão estreita das consequências do desastroso processo de atribuição de aulas em 2016", afirmou o professor Gilmar Soares.

Para o professor o secretário adjunto parece que não quer ver, basta apenas uma visita às escolas para se entender a destruição dos projetos pedagógicos nas escolas, pelo processo centralizado de atribuição de aulas que desconstituiu equipes inteiras nas unidades que já vinham trabalhando conjuntamente a vários anos, com resultados significativos na aprendizagem dos estudantes e no IDEB das escolas.

"É lamentável que o subsecretário não compreenda que foi um equívoco a intervenção autoritária da Seduc no processo de escolha dos coordenadores pedagógicos, e que este mesmo processo só promoveu o desequilíbrio no projeto pedagógico das escolas, quando impediu que na unidade escolar se mantivesse a referência pessoal do coordenador para encaminhar a reflexão necessária com o coletivo, antes de se iniciar o calendário escolar", disse o presidente do Sintep/VG.

O fato é que grande parte das unidades escolares chegaram ao dia 15 de fevereiro, dia do início das aulas, sem os coordenadores pedagógicos nas escolas e sem outros tantos profissionais para atender a comunidade escolar.

"Para muitos educadores, o subsecretário Gilberto Fraga precisa ter a hombridade de vir a público e pedir desculpas pela inconveniente fala de justificativa ante o fracasso da Seduc na organização da educação atualmente", completa o professor Gilmar.

"É bom que o Governador Pedro Taques, o Secretário Permínio e o Secretário Adjunto Gilberto Fraga saiba que se houve escolas em que se tomou a decisão de iniciar o ano letivo mesmo com tamanho descaso da Seduc em não assegurar as necessárias condições de pessoal e infraestrutura é por causa do compromisso dos educadores que não medem esforços em se doar, em se expor e acreditar que devem e podem sempre fazer algo para ajudar os estudantes. Entretanto, não abrem mão de que a Seduc assuma sua responsabilidade", acrescenta.

O presidente do Sintep/VG, também, lamentou que a Seduc no Governo Pedro Taques tenha como política maior jogar suas responsabilidades para as unidades escolares. "A resistência de não iniciar o ano letivo é um sinal ao Governo Taques, para que não duvide da capacidade de mobilização dos educadores e muito menos da sociedade. A educação é um Direito. E isto, saberemos cobrar, principalmente porque este é um governo legalista!"ressaltou.

Sintep/VG
Ciuabá, MT - 16/02/2016 09:29:15


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