A presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público em Matogrosso Subseção Sinop, Aparecida Lopes, criticou duramente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) do Plano Municipal de Educação, feito pelo jurídico da prefeita Rosana Martinelli (PR), na última semana. De acordo com a sindicalista, os profissionais da educação foram manipulados pela gestão.

“A prefeita nos enganou, montou toda uma encenação de que o plano seria colocado em prática. Nós fizemos um planejamento, nos organizamos para reduzir as horas de trabalho da categoria para, no fim, ela vir com esse pedido? Não podemos deixar as coisas acontecerem desta maneira”, destacou a líder sindical, ainda anunciando que a categoria planeja uma greve geral para janeiro caso o quadro não seja revertido.

Também bastante indignado com a atitude da chefe do executivo, o vereador Adenilson Rocha (PSDB) não poupou críticas à prefeita pela atitude.

“Como assim pedir ação de inconstitucionalidade, sendo que quando o plano municipal foi aprovado ela era vice-prefeita da cidade e o mesmo advogado que hoje pede essa ação era advogado da Câmara de Sinop, que inclusive assinou a homologação do plano? Então, quando é de interesse, o plano é válido. Quando não, é inconstitucional. Não podemos mais lidar com essa política que benefícios próprios, o povo não vai aceitar”, reforçou em tribuna.

Na mesma linha, o vereador Luciano Chitollina (PSDB) também foi duro em criticar a ação da prefeita.

“Nós estamos percebendo infelizmente a tendências das coisas em Sinop, quando me favorece é legal, quando não me favorece é inconstitucional. Até onde eu sei, lei é para ser cumprida, não é para gostar ou deixar de gostar”, ponderou.

Rebatendo as críticas, a vereadora e líder da prefeita na Câmara Professora Branca (PR) disse que, na verdade, o que a prefeita quer é que o princípio da isonomia não seja ferido nas outras classes da educação de Sinop.

“Caso as horas sejam reduzidas na educação, haverá um ganho real na folha salarial dos professores. Então a prefeita quis, na verdade, se respaldar de que esse benefício não gere uma avalanche de ações judiciais extrapolando o limite prudencial da atual gestão”, destacou.

Colocando o argumento da líder em xeque, o vereador Adenilson questionou a vereadora em tribuna afirmando “Se ela quisesse uma consulta, tinha que fazer ao TCE, não fazer um pedido de ADIN, esse argumento é mais uma forma de enganar o povo”, disse, endurecendo o discurso.


Mayla Miranda
Publica MT

Ciuabá, MT - 14/11/2017 13:03:25


Print Friendly and PDF

Exibindo: 311-320 de 743

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter