Com base em ofício encaminhado ao Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) pela Secretaria de Estado de Educação, os profissionais da educação da rede estadual, de Vila Rica (1.320 da capital) voltam a questionar o projeto de escola cívico militar no município. O texto da Seduc-MT reafirma o desrespeito com as políticas de educação pública, na defesa feita pelo deputado Sílvio Fávero e o prefeito do município, Abmael Silveira, ao defender a desocupação da Escola Estadual Vila Rica para implantação do modelo cívico militar.

O documento datado de 27 de novembro e assinado pela secretária de estado de Educação, Marioneide  Kliemaschewsk relata os equívocos da Lei de autoria do deputado Sílvio Fávero e as contradições apresentadas no projeto. Cita o seletivo para acesso na escola pública, bem como a reserva de 50% das vagas para filhos/as de militares. “Escola Pública é mantida com dinheiro público de todos, e não pode beneficiar apenas alguns”, ressalta a secretária adjunta de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Maria Luiza Zanirato.

Os enfrentamentos feitos pelos profissionais do Sintep no município, destacam ainda o desrespeito promovido pelo prefeito e pelo deputado, que se quer se preocuparam com as condições dadas aos demais estudantes que seriam despejados da escola. “Para ocupar a escola apontada por eles, deixaria sem vaga mais de 400 estudantes da Educação de Jovens e Adultos, Educação do Campo, Ensino Fundamental, que estudam na escola e não terão para onde ir”, denuncia a professora Mônica Strege.

Uma das prerrogativas para a adoção da Escola Cívico Militar é o debate com a comunidade. Segundo a presidente da subsede do Sintep em Vila Rica, Marli Terezinha Macaiewski, isso ainda não ocorreu no município. “A audiência pública promovida pelo prefeito reuniu os empresários e comerciantes da cidade, que têm os filhos matriculados na escola privada”, afirmou. 

A subsede do Sintep Vila Rica destacou ainda que a audiência pública construiu uma narrativa distorcida sobre as escolas públicas, posicionando a sociedade contra os profissionais da educação. “Aguardamos que a Secretaria Municipal de Educação se sensibilize acerca dos transtornos causados e se retrate, no intuito de amenizar os impactos causados aos profissionais”, disse a professora.

Assessoria/Sintep-MT

Ciuabá, MT - 12/12/2019 19:17:46


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