A situação caótica da educação no Estado foi um dos principais assuntos do primeiro Conselho de Representantes do ano, realizado neste fim de semana, dias 12 e 13 de fevereiro, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. Apesar do início do ano letivo marcado para hoje (14), a maioria das escolas da rede estadual encontram dificuldades no fechamento do ano letivo passado, o que emperra o cadastro de matrículas de 2011.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, "o Conselho é marcado por dificuldades na gestão por parte da Secretaria de Educação (Seduc/MT), um cenário que inclui escolas sem a devida manutenção e escolas sem saber quantos alunos possuem, pois ainda não fecharam as turmas de 2010". Para ele, a forma encontrada pela pasta na abordagem do problema só atrapalha sua solução. "O posicionamento da Seduc/MT, que insiste em minimizar o caos da educação, nos é estranho", destaca.

Nas mesas de discussão estiveram em pauta outros dois pontos primordiais: os avanços na luta da categoria pela implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) de R$ 1312,00 e a posse imediata de todos os aprovados nos cargos livres já estabelecidos. "São esses debates que nos possibilitam tirar os encaminhamentos de como proceder nestas questões, corrigir os problemas e encontrar soluções", salienta a secretária-geral do Sintep/MT, Vânia Miranda.

Salário Mínimo - Outro assunto debatido foi o aumento do salário mínimo e sua importância nas campanhas salariais de muitas categorias. "Embora haja um impasse na discussão sobre o valor do salário, ainda estamos debatendo a correção na tabela do Imposto de Renda e um reajuste para os aposentados", complementa o membro da Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Celestino Lourenço (Tino).

De acordo com ele, a política de valorização do trabalhador, que produziu ótimos resultados, como a saída da crise internacional e um crescimento acentuado do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, deve ser mantida. "O salário mínimo ainda é um elemento fundamental de distribuição de renda, gera consumo interno, produção e emprego".

O secretário de Comunicação do Sintep/MT e presidente da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT/MT), Julio Cesar Martins Viana, lembrou a necessidade de ganhos acima da inflação para as camadas menos favorecidas. "Estudos comprovam que a inflação é um processo mais lesivo para quem ganha menos. Por isso precisamos manter essa política de valorização que promova crescimento e o desenvolvimento social", finaliza.

 

Cuiabá, MT - 14/02/2011 00:00:00


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