Não é apenas a rede estadual de ensino de Mato Grosso que vive um caos. Os profissionais da educação de Várzea Grande também enfrentam sérias dificuldades que comprometem, inclusive, o início do ano letivo no município. O não enquadramento no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) é um exemplo claro da falta de compromisso dos gestores. Até o momento, só há 100 publicações dos cerca de dois mil profissionais que aguardam o enquadramento.

Assim que o ano letivo começar, a categoria se reúne para analisar a possibilidade de greve, caso não haja o enquadramento de todos os profissionais da educação. Segundo a presidente da subsede de Várzea Grande do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Aparecida Cortez, a comissão encarregada da tarefa trabalha a passos lentos. "Na verdade, as reuniões praticamente não ocorrem. Já houve até a situação de um representante do Sindicato esperar a tarde inteira para depois a Secretaria (de Educação) informar que não haveria reunião", relatou.

Outro fato que prejudica o avanço é a forma segmentada como a comissão trabalha. Uma parte atua junto à Secretaria de Administração e outra, junto à de Educação. A luta pela aprovação do PCCS é travada pela subsede do Sintep/MT desde 2005. Com a aprovação do Projeto de Lei n° 141/2010, que dispõe sobre o Plano, em setembro do ano passado, a categoria acreditou no avanço. Porém, desde este período, nada mudou. Mesmo o piso reajustado de R$ 635,00 para R$ 735,00 está longe dos anseios dos trabalhadores da educação. "É um dos mais baixos do Estado", protestou Cida Cortez.

Falta de estrutura - Além disso, as péssimas condições de infraestrutura das escolas, que não passaram por qualquer reforma, comprometem as aulas e, por consequência, a qualidade de ensino dos alunos. "O início do ano letivo já foi retardado para 1° de março, acarretando inúmeros prejuízos", lamentou a sindicalista. Ela lembrou que a gestão desorganizada não é novidade em Várzea Grande, citando a falta de merenda escolar nas creches da rede municipal no ano passado. Diversas unidades foram obrigadas a suspender as atividades e outras compraram alimentos com dinheiro dos próprios funcionários, pais e moradores que se sensibilizaram com a situação.

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Cuiabá, MT - 16/02/2011 00:00:00


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