O ano letivo da rede pública de ensino iniciou suas atividades na manhã desta segunda-feira (06), porém velhos problemas persistem no quadro da educação no Estado. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, destaca os principais dificuldades que a categoria enfrenta como, por exemplo, as aulas adicionais para os efetivos. Segundo o presidente do Sintep/ MT, a Instrução Normativa nº 17 de 2011/, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), que delimita carga horária de 15 horas/aula para os trabalhadores com contratos temporários, gerarão "problemas como estrangulamento da jornada de 30 horas".
O sindicalista ainda afirma que a Seduc utiliza-se da limitação de aulas para contratos temporários como forma de ataque à carreira e a jornada de 30 horas semanais. "Quanto mais tempo o professor trabalha com alunos, menos tempo ele tem para planejar, avaliar e se reunir com os pares e os pais e mães dos alunos", destaca Gilmar Ferreira ao avaliar a limitação de horas como forma de piorar as condições de aprendizagem dos estudantes.
Outro ponto defendido pelo presidente é a posse imediata dos classificados no concurso público do Estado, nos cargos livres existentes, contrato para os interinos garantindo as horas atividades, independente do número de horas.
Paralisação - Diante das dificuldades vivenciadas pelas escolas de Poconé, os trabalhadores da educação definiram suspender o início das aulas previsto para hoje (06). De acordo com o presidente da subsede de Poconé e diretor regional Oeste do Sintep/MT, Ricardo de Assis, "há uma semana a situação já era prevista, pois alguns diretores relatavam problemas nas escolas".
Com a intenção de solucionar as pendências, os trabalhadores realizaram uma assembleia geral hoje de manhã, na Câmara dos Vereadores. "A assembléia avaliou a situação de cada unidade escolar, e foram constatados problemas em relação ao quadro de professores, de matricula, recursos do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) para a merenda,  aquisição de material de limpeza e de higiene," pontuou Ricardo Assis.
Durante a assembleia, dez diretores escolares fizeram um relatório dos problemas de cada unidade e ficou constatado que não haveria condições de iniciar o ano letivo de 2012.
Uma das questões que mais preocupa a categoria é quanto a Normativa N°17 de 2011, publicada pela Seduc. Para o diretor regional, "a assessoria pedagógica está com os pés amarrados, pois com a delimitação de classes/aulas ocorreu uma quebra do quadro de professores". Ainda de acordo com o sindicalista, "em consequência da normativa, os professores que não se encaixarem no quadro terão que disputar classes/ aulas na assessoria pedagógica, criando assim um transtorno uma vez que os professores efetivos têm prioridade sobre os candidatos temporários," concluiu Ricardo Assis.
A expectativa agora é que os problemas relacionados às escolas de Poconé sejam solucionados até quinta-feira (09), às 15h, data marcada para a próxima assembleia. Caso os problemas sejam solucionados, os trabalhadores da educação do município pretendem iniciar o ano letivo no dia 13 de fevereiro.

 

Cuiabá, MT - 06/02/2012 00:00:00


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