Dando início às celebrações do Dia Internacional Contra a Homofobia, um grande debate foi realizado ontem (16) no auditório Petrônio Portela, do Senado Federal, envolvendo representantes da sociedade civil e parlamentares. Os movimentos LGBT e de defesa dos direitos humanos lutam pela aprovação do Projeto de Lei da Câmara n° 122, que criminaliza qualquer ato de discriminação ou preconceito relacionado a gênero ou orientação sexual. A proposta é considerada um mecanismo essencial para combater os elevados índices de violência. Hoje o Brasil já é o país com o maior número de assassinatos motivados por homofobia no mundo.

Durante o seminário, vítimas de agressões e familiares de homossexuais assassinados em atos homofóbicos deram seu testemunho, o que permitiu aos participantes ter a dimensão do nível de crueldade envolvendo esses crimes. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) e membro do Coletivo LGBT da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Cristovam Mendonça, relatou o episódio do estudante Roliver de Jesus dos Santos. Em fevereiro passado, com apenas 12 anos, o adolescentes se suicidou após ser vítima de homofobia na escola municipal que frequentava, em Vitória. "O caso do pequeno Roliver fragilizou toda a rede estadual e municipal de ensino, que não sabe o que dever ser feito em casos assim", afirmou Cristovam.

O representante do Sindiupes cobrou dos parlamentares a aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia, para ajudar professores e escolas a evitar que mais casos como este ocorram. "Temos que mostrar a nossos senadores e deputados que eles não foram eleitos para governar para um grupo específico, mas para todos os brasileiros, independente de suas orientações sexuais", disse.

Ato Público

Ontem (15) foi  realizada uma vigília até as 21 horas, em frente ao Palácio do Planalto. A manifestação foi uma prévia da III Marcha Nacional Contra a Homofobia, que acontece hoje (16) como parte das celebrações do 17 de maio, Dia Internacional de Combate à Homofobia. Promovida pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), a marcha também terá início em frente ao Palácio do Planalto.

Campanha

A CNTE está promovendo a campanha "Educação sem homofobia". A entidade disponibilizou um jornal-mural sobre as atividades e discussões em torno da III Marcha de Combate à Homofobia. A publicação ainda traz informações sobre o Dia Internacional de Combate à Homofobia, o PLC 122 e os avanços nas políticas de combate ao preconceito. Baixe o material clicando aqui.

Os números da discriminação

 10% da população brasileira (18 milhões de pessoas) sofrem como a homofobia

 44% dos assassinatos de homossexuais ocorrem no Brasil

 266 homicídios de gays, lésbicas e travestis foram registrados no país, só no ano passado.

 A cada 33 horas um homossexual foi brutalmente assassinado no Brasil em 2001.

Fonte: Grupo Gay da Bahia (GGB)

 

Cuiabá, MT - 16/05/2012 00:00:00


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