Dezenas
de trabalhadores da Educação estiveram reunidos, no sábado e domingo (20 e 21),
durante o Conselho de Representantes realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores
no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), no Mato Grosso Palace Hotel. Na
pauta, a implantação do Piso Salarial Nacional Profissional (PSPN), convocação
dos aprovados no concurso público, e a exigência da aplicação dos recursos no
setor.
Segundo
o presidente do Sintep-MT, Gilmar Soares Ferreira, as prefeituras ainda
insistem em descumprir a lei do PSPN. "Se os gestores não desviassem os
recursos que deveriam ser para a Educação certamente o cumprimento do PSPN
seria possível", pontuou.
Na
ocasião, os profissionais também foram informados sobre as deliberações das
rodadas de negociação realizadas com o secretário de Educação, Ságuas Moraes,
referentes à convocação dos aprovados no último concurso público. "Tivemos a
garantia do secretário que parte dos aprovados deva ser convocado já em junho",
revelou Gilmar Ferreira. "Além disso, o secretário sinalizou pela não
prorrogação da validade do concurso de modo a garantir a nomeação de todos os
aprovados o mais breve possível", completou.
Para
o secretário de Assuntos Educacionais do Sintep-MT, Henrique Lopes do
Nascimento, o Conselho permite o debate especialmente frente à morosidade do
Estado em atender a pauta de reivindicações da categoria. "Vamos nos articular
e buscar estratégias para garantir as recomposições que ainda são negadas aos trabalhadores
da Educação".
Os
profissionais também estão preocupados com a liquidez do prazo estabelecido
pela Justiça Eleitoral para a adoção de medidas pelo Executivo por causa da
realização do pleito municipal, a exemplo da professora da rede municipal de
Alto Paraguai, Marilene dos Santos. "Acredito que temos um dos piores pisos do
Estado, de R$ 670, e essas reuniões do Sintep servem para a gente se interar
das medidas que devemos adotar para garantir que nossos direitos como
educadores sejam garantidos", avaliou. O secretário de Assuntos Educacionais da
subsede de Alta Floresta, Dirceu Blaski, também destacou o poder de mobilização
do Conselho. "É aqui onde potencializamos os debates, socializamos angústias
comuns e definimos estratégias para reivindicarmos uma educação de qualidade
juntos aos gestores", pontuou.