Liberdade e autonomia sindical: Democratizar as relações de trabalho para garantir e ampliar direitos. Esse foi o tema do 10º Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores (CECUT), realizado entre os dias 1º e 03 de junho, no Hotal Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. O evento contou com a participação de representantes dos sindicatos filiados à CUT/MT, inclusive o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), que teve a maior delegação no evento: 82 delegados.
A mesa de abertura foi coordenada pela secretária-geral do Sintep/MT, Vânia Maria Rodrigues Miranda, que também é secretária de Formação Sindical da CUT/MT. "É um encontro muito importante, porque permite a participação dos sindicatos da base na elaboração do plano de lutas que vai delinear a atuação da Central nos próximos anos", ressaltou, referindo-se ao conjunto de estratégias que será implementado tanto pela gestão estadual no triênio 2012-2015, eleita neste final de semana, quanto a nacional, que será escolhida em julho.
O diretor Executivo da CUT Nacional, Pedro Armengol de Souza, e o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, fizeram uma análise de conjuntura nos âmbitos nacional e estadual. "O tema do CECUT remete à liberdade que devemos ter frente a partidos políticos, religião e correntes filosóficas. A CUT/MT tem participado ativamente de diversas discussões, como trabalho escravo, meio ambiente, discriminação racial, etc. São assuntos recorrentes na maioria dos Estados brasileiros, mas temos também as lutas específicas de cada região. Por isso, é fundamental que a CUT dialogue com os sindicalizados da base", disse Pedro Armengol.
Projetos para a Copa - Os investimentos para a Copa do Mundo de 2014 também foi abordado pelo presidente do Sintep/MT. "As benfeitorias e os projetos de readequação pouco têm a ver com as políticas sociais, pois estão voltadas para o retorno financeiro de turistas e empresas. O que está em jogo é a disputa pelo poder e interesses políticos, movidos pelo desenvolvimento crescente da economia no Estado", lamentou.
A apresentação foi coordenada pelo presidente da CUT/MT e secretário de Comunicação do Sintep/MT, Julio Cesar Martins Viana, que frisou a importância da soberania para que a Central mantenha sua autonomia, sem ficar refém de políticas governamentais. "A definição desse projeto que valerá para os próximos três anos envolve questões salariais, sociais e políticas permanentes. Esta última inclui as bandeiras femininas, raciais, de sexo, entre tantas outras que necessitam ser encampadas por todos", avaliou.
O Sintep/MT terá 14 delegados no Congresso Nacional da CUT (CONCUT), a maior delegação do Estado. Para Julio Viana, essa condição representa um desafio para a entidade, que precisa entender a responsabilidade de ampliar as lutas de sindicatos numericamente menores e assegurar as já existentes. Segundo o diretor regional do polo Nortão II do Sindicato, Fernando Alves da Silva, que participou como delegado estadual, participar da construção do projeto da CUT é um privilégio. "É uma grande oportunidade poder contribuir para esse plano de lutas, que será liderado pela diretoria da Central", frisou.

 


Cuiabá, MT - 04/06/2012 00:00:00


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