A secretaria de Organização Sindical do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Marli Keller, participou ontem (4) da reunião ordinária da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae), como representante da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT). Em pauta, a realização dos seminários regionais de prevenção ao trabalho escravo em Mato Grosso e a construção da usina hidrelétrica em Paranaíta.

Com relação aos seminários, ficou definido que o primeiro acontecerá em Cáceres, nos dias 22 e 23 de agosto, e terá abrangência regional com a participação dos seguintes municípios: Cáceres, São José dos Quatro Marcos, Mirassol, Araputanga, Rio Branco, Salto do Céu, Curvelândia, Lambari do Oeste, Porto Esperidião e Reserva do Cabaçal. A programação contará com um momento de sensibilização, com apresentação de conceitos, características, causas do trabalho escravo, e orientações sobre a atuação preventiva ao trabalho escravo. Também será elaborada uma carta compromisso entre os representantes dos Poderes Executivos e Legislativos municipais, Polícia Federal, Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Secretarias Municipais de Educação, de Saúde e outros.

Marli Keller considera importante que as subsedes do Sintep/MT se mobilizem, com representações de cada um dos 10 municípios, para participarem do seminário regional. O objetivo é implementar ações que contribuam para a erradicação do trabalho escravo na região.

Usina de Paranaíta

Outro assunto abordado durante a reunião do Coetrae foi a construção da usina hidrelétrica ao longo do Rio Teles Pires, localizado entre os Estados de Pará e Mato Grosso, nos municípios de Paranaíta  e Alta Floresta. Segundo Marli Keller, a obra é realizada por um consórcio de empresas "o que, de alguma forma, dificulta a responsabilização pelos graves problemas que o empreendimento causa".

Com uma população de seis mil habitantes, explica Marli Keller, com a construção da obra, o município recebe um número considerável de trabalhadores. "Essa situação sobrecarrega a cidade, que não tem um sistema de acolhimento social e, esse fato, gera graves problemas, afetando inclusive cidades vizinhas como Alta Floresta", afirma.

"Nessas duas cidades, a população sofre as consequências em que se evidenciam violências de várias formas, inclusive a exploração sexual de crianças e adolescentes, e, em geral, ocorrem sérias violações aos direitos humanos no entorno da obra", denuncia a sindicalista.

A Coetrae definiu a composição de uma comissão de entidades, inclusive com a participação da CUTM Mato Grosso, para visitar o município, checar o quadro atual na região e tirar encaminhamentos de ações que possam frear o descontrole social do entorno da obra.

 

 

Cuiabá, MT - 05/07/2012 00:00:00


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