A liminar obtida pelo prefeito de Cláudia, Vilmar Giachini, com pedido de suspensão da greve aos trabalhadores da educação do município, não conseguiu desarticular cerca de 90% da categoria, que permanece paralisada. A decisão foi deliberada durante assembleia geral realizada na sexta-feira (06), com apenas uma abstenção. A subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) vai recorrer da decisão.

Segundo o presidente da subsede, Edson Sauthier, houve descumprimento do acordo por parte do Executivo municipal. "A greve foi retomada no dia 27 de outubro porque o prefeito havia firmado o compromisso de aplicar um reajuste de 5,26% na folha de setembro e elaborar estudos para novas recomposições nos meses seguintes", lembrou. Mas durante nova reunião com os trabalhadores da educação, o discurso mudou. "Ele disse que só iria conceder mais 2% de aumento em outubro e que as negociações estavam encerradas", complementou.

Para o sindicalista, esta atitude representa o desrespeito do gestor com a classe trabalhadora. "Nós reivindicamos a aplicação da Lei 11.738/08, que determina a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) de R$ 950,00 para todos os profissionais da educação, inclusive os funcionários. Mas, infelizmente, em Cláudia, o prefeito não paga nem os dois terços do piso", lamentou. Edson Sauthier afirmou que as ameaças não desmobilizaram a categoria. "Deixamos bem claro nosso posicionamento e não vamos desistir".

Histórico - A greve foi decretada no dia 17 de agosto por tempo indeterminado, após tentativas frustradas de negociações, iniciadas em junho deste ano. Durante reunião de negociação, no dia 18, o prefeito de Cláudia solicitou que os trabalhadores elaborassem estudos para comprovar a viabilidade de implantação do PSPN. "Mas quando a subsede solicitou documentações para este fim, o Executivo Municipal encaminhou apenas um relatório geral, que não possibilita chegar a qualquer conclusão", argumenta o sindicalista. Os trabalhadores permaneceram em greve até o dia 28 de agosto. Como não houve avanço nas negociações, a categoria decidiu retomar o movimento grevista no dia 27 de outubro.

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

 

Cuiabá, MT - 09/11/2009 00:00:00


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