Educadores participaram da assembleia geral esta tarde
A Assembleia Geral dos trabalhadores da
educação realizada na tarde desta sexta-feira (26) na Escola Estadual
Presidente Médici em Cuiabá deliberou o início de estado de greve a partir de
segunda-feira na rede estadual de ensino. (29). A categoria também decidiu
manter a luta pelo piso salarial e as reivindicações da pauta proposta durante
a 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.
O período de estado de greve será mantido até o dia 8 de junho, quando começa a
ser realizado o Conselho de Representantes com trabalhadores de todo o Estado.
Nesta data os educadores irão avaliar os avanços na pauta de reivindicações
durante o estado de greve e discutir a necessidade de paralisação por tempo
indeterminado. O Conselho de Representantes terminará no dia 9 de junho.
A Assembleia também deliberou o dia 15 de maio como o Dia D pela luta dos
trabalhadores da educação no Estado. Nesta data o Sindicato dos Trabalhadores
do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) irá protocolar no Ministério
Público, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado (TCE), o dossiê
das escolas que apresentam problemas de infraestrutura, além de expor em praça
pública os documentos.
Segundo o presidente do Sintep/MT Henrique Lopes "a categoria aprovou em
assembléia uma proposta que será encaminhada ao governo para que o mesmo
estabeleça ações que vise dobrar o poder de compra dos salários levando em
consideração a aplicação de um percentual acima da inflação tendo como base no
crescimento real da economia do estado".
O resultado da Assembleia Geral nesta sexta-feira (26) ocorreu após 2 horas e
meia de debates com a participação expressiva dos educadores no ginásio da
escola estadual. Foi levada à votação a proposta retirada do Conselho de
Representantes realizado hoje pela manhã com participação de 90 municípios do
Estado e outras que surgiram em Assembleia. O estado de greve aprovado foi proposto
pelo Conselho de Representantes. Semana de paralisação
Entre os dias 22 e 26 de abril os trabalhadores da rede estadual de ensino de
Mato Grosso realizaram a 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação
Pública. A greve no Estado foi ampliada, pois o previsto pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) para as unidades da federação foi
de 3 dias.
Segundo levantamento realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público
de Mato Grosso (Sintep/MT), 90% das unidades escolares aderiram às atividades
de mobilização durante a semana de manifestação.
No
âmbito estadual as reivindicações da categoria são: 1-Implementação do piso salarial de
acordo com a lei nº 11.738; 2-Revisão da atual política de reajuste
e incentivos fiscais, respeitando ao artigo 244 da Constituição Estadual de
1989; 3-Ampliação dos recursos da educação de
forma a chegar aos 35% estabelecidos pela Constituição Estadual; 4-Garantir as horas atividades aos
contratos temporários; 5-Assegurar a posse imediata dos
classificados no concurso públicos e criar grupo de trabalho para a realização
de novo processo seletivo para preenchimento dos cargos livres; 6-Assegurar a correção imediata da
tabela salarial apoio administrativo educacional e revisar o adicional noturno
dos vigias; 7-Estabelecer ações que visem o
atendimento integral da pauta de reivindicações da categoria.
Na âmbito nacional a categoria luta
pela: -Reserva
de 100% dos royalties do petróleo para a educação;
-Aplicação do piso salarial;
-Destinação de 10% do PIB para a educação;
-Aprovação imediata do PNE;
-Convenção 151 da OIT;
-Profissionalização dos funcionários da educação.