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Agenda de trabalho será realizada na segunda-feira (2)
Após atuação do movimento grevista entre os deputados estaduais e a ocupação da Assembleia Legislativa, o governador Silval Barbosa (PMDB) marcou uma reunião de trabalho para segunda-feira (2), às 14h, no Palácio Paiaguás. Farão parte da agenda representantes da Comissão de Educação Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da AL, secretarias de Estado da Fazenda, Administração, e 3 membros do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT).
Para o presidente do Sintep/MT Henrique Lopes do Nascimento o saldo da ocupação na Assembleia Legislativa foi positivo, apesar dos constantes posicionamentos do governo quanto a impossibilidade de atender a pauta da categoria. "Do nosso ponto de vista, apesar das declarações do governador através da imprensa de que há dificuldade em avançar nos pontos da pauta, o Sintep/MT reafirma que estes avanços não aconteceram por falta de respeito à legislação".
Se a Constituição Estadual, que prevê a aplicação de 35% dos recursos próprios na educação e a Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB) fossem uma realidade em Mato Grosso o cenário seria diferente.
Henrique espera que o saldo positivo na Assembleia Legislativa, com os deputados buscando intermediar o diálogo com o Executivo, possa se repetir na segunda-feira. Depois de 18 dias de greve, que soma adesão de mais de 90% dos trabalhadores, o movimento da categoria dos profissionais da educação se reafirma como o mais forte entre as carreiras no Estado.
"O Sintep/MT reitera a disposição em buscar um entendimento nas negociações junto ao Executivo, e reforça a necessidade de as discussões terem como parâmetros a legislação educacional ", diz o presidente.
Após 3 meses os trabalhadores da educação conseguiram agendar uma audiência pública para tratar da política educacional em Mato Grosso. A audiência será na Assembleia Legislativa na sexta-feira (6), às 9h, em Cuiabá.
Na oportunidade a direção do Sintep/MT terá o espaço para debater a pauta de reivindicações da categoria, que exige:
-Política que dobre o poder de compra dos educadores;
-Realização imediata de concurso público;
-Chamamento dos classificados do último concurso;
-Garantia da hora-atividade para interinos;
-Melhoria na infraestrutura das escolas;
-Aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual;
-Autonomia da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) nos recursos devidos na área.
Foto: Jocil Serra
