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Debates estarão centralizados no financiamento da educação em
Mato Grosso
Os
educadores da rede estadual de ensino realizam nesta sexta-feira (6) audiência
pública para discutir o rumo da educação em Mato Grosso. O debate, que pretende
estar centralizado no financiamento da área, iniciará às 9h, na Assembleia
Legislativa. Este espaço era aguardado pelos trabalhadores da educação desde
maio e será propício em um momento de paralisação geral na rede, que envolve
mais de 90% dos servidores.
Caravanas do interior e trabalhadores já acampados na Capital desde
segunda-feira (2) estão preparados para lotar o plenário. Serão levadas faixas
e manifestações de protesto contra a atual política do governo do Estado na
área da educação.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso
(Sintep/MT) Henrique Lopes do Nascimento diz que a categoria tem questionado
desde 2012 qual será a marca do governo Silval na educação.
A pergunta, segundo ele, não foi respondida pelo Executivo mesmo após a
deflagração da greve há 25 dias. Henrique explica que uma educação de
qualidade, com profissionais valorizados e alunos e alunos satisfeitos requer
investimentos mínimos. Com salas inadequadas e prédios ameaçados a situação é
flagrante. "Vamos realizar esta audiência com participação popular para fazer
uma reflexão. Por que a educação está dessa maneira?", questiona.
A greve dos trabalhadores iniciou no dia 12 de agosto e mobiliza praticamente
todas as escolas estaduais de Mato Grosso. Esta semana os trabalhadores acamparam
no Centro Político e Administrativo, ao lado do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT), onde realizam atividades de panfletagem nos semáforos e marcam a
paralisação por tempo indeterminado.
Pauta de reivindicações
-Realização imediata de concurso público;
-Garantia da hora-atividade para interinos;
-Aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual;
-Autonomia da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) nos recursos devidos na
área.
-Política que vise dobrar o poder de compra dos educadores
em até 7 anos;
-Chamamento dos classificados do último concurso;
-Melhoria na infraestrutura das escolas.
Foto: Jocil Serra
Cuiabá, MT - 05/09/2013 00:00:00
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