Categoria exige reposição das perdas inflacionárias
Trabalhadores
da rede municipal de educação de Guarantã do Norte (715 km ao norte da Capital)
iniciam greve por tempo indeterminado a partir de quarta-feira (30). Os 460
profissionais exigem a recomposição salarial de 7% pelas perdas inflacionárias.
A subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso
(Sintep/MT) diz que a paralisação se tornou o único caminho depois de um
processo longo de negociação.
"Em agosto entramos em negociação, houveram três reuniões com a prefeita, mas não há avanço com a administração e
precisamos paralisar as atividades", conta a presidente da subsede de
Guarantã do Norte, Paula Regina Moraes Martins. A categoria cobra a
recomposição da inflação, que não ocorre há 8 anos na rede municipal.
Durante as reuniões a Prefeitura tem alegado falta de orçamento para atender a
reivindicação. No entanto, junto com o Sintep/MT os trabalhadores realizaram
estudos e confirmaram ser possível recompor as perdas. Isto, se a verba da
educação for aplicada para tal fim.
A decisão pela greve ocorreu na quinta-feira (24) durante assembleia geral. Ao
todo 14 unidades da rede terão as atividades suspensas a partir do dia 30. Atualmente
o piso salarial da categoria é de R$ 1.175. Em setembro desse ano a Prefeitura começou
a pagar o piso aos apoios administrativos.
O calendário de greve envolve a realização de assembleia geral às 13h30 do dia
30 na Escola Estrelinha do Norte, no Centro. Na quinta-feira (31) os
profissionais se reúnem na mesma escola para sair e fazer panfletagem em pontos
estratégicos.
Movimento de greve A última
greve da rede municipal de Guarantã do Norte ocorreu em maio de 2012. Foram 3
dias de paralisação por equidade do piso entre professores, técnicos e apoios. Em
2011 a greve terminou com a conquista do piso salarial para os professores.