Em função da solicitação do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) não está exigindo o registro de frequência de todos os alunos no Sistema Integrado de Gestão Educacional (SIGeduca). A reivindicação, tirada no último Conselho de Representantes, realizado nos dias 12 e 13 de dezembro, é baseada em relatos de professores que alegam dificuldades no acesso ao sistema.
Além da demora na orientação, repassada apenas no dia 17 de dezembro, a Seduc não abriu mão da realização dos outros procedimentos via online. "O sistema também não comporta a grande quantidade de acessos para registro do número total de faltas, o resultado final de cada aluno, nem o cadastro de matrículas", argumentou a vice-presidente do Sintep/MT, Jocilene Barboza. A sindicalista lamentou a forma como o SIGeduca foi imposto à categoria. "Os professores foram pressionados a abastecerem as informações no sistema, tendo as férias ameaçadas. Isso gerou uma sobrecarga nos servidores e muitos profissionais estavam acordando de madrugada para tentar inserir os dados", relatou.
A sobrecarga no sistema e despreparo dos técnicos administrativos e professores levaram à solicitação de uma reunião com a Seduc, realizada no dia 04 de dezembro. "O SIGeduca foi instituído em agosto, no meio do ano letivo, sem nenhuma discussão", ressaltou a vice-presidente. Os profissionais exigem que a capacidade do sistema seja testada antes da implementação.
A promessa da Seduc é de que, em breve, um novo servidor será adquirido, com o triplo da capacidade, suficiente para suportar os cerca de 700 mil acessos diários ao sistema. "Enquanto isso não ocorre, os diários de classe devem ser entregues manuscritos", concluiu Jocilene Barboza.