Passados 20 anos da primeira turma do curso de Profissionalização de funcionários da Educação Pública de Mato Grosso (1995/Cuiabá), a formação para esses trabalhadores ainda não se consolidou como uma política de Estado. Dia 20 de março, o Sintep-MT promoveu o dia de luta estadual pela Profissionalização, um direito conquistado com a Lei 12.014/2009, mas que enfrenta o atendimento insuficiente da demanda.

As estimativas apontadas pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) revelam que mais de 7 mil pessoas buscaram, em 2012, os cursos ofertados pelo Profuncionário (Programa de Formação específica em quatro áreas técnicas -  Alimentação Escolar; Infraestrutura e Meio Ambiente Escolar; Multimeio Didático Escolar; e, Secretaria Escolar).

Contudo, o Sintep-MT afirma que parte desse montante abandonou a matrícula por falta de condições de frequentar às aulas, seja pela distância até a escola ofertante, horários de aula incompatível com o exercício profissional, superlotação das salas, ou dificuldade para se alimentar após o dia exaustivo de trabalho, já que as unidades ofertantes, os 25(??)Centros de Educação de Jovens e Adultos –Cejas, não oferecem lanche para esses estudantes.

O Sintep-MT encaminhou para Secretaria de Estado de Educação um ofício elencando as necessidades para o atendimento da demanda. “No documento protocolado solicitamos respostas para a ampliação de locais de atendimento, aumento de turmas onde já existe o curso, pois há superlotação de salas em algumas regiões, o que pode ser considerado um complicador para o aprendizado, além da solução para a questão ausência da alimentação escolar para os cursistas”, destaca secretária de funcionários da Educação do Sintep-MT, Guelda Andrade.

A profissionalização garante ao funcionário uma ascensão social e profissional no espaço escolar, já que o papel de educar é dever de todos no ambiente escolar.  Porém, a valorização profissional ainda é um embate em muitos municípios do Estado. A luta por realizar o enquadramento dos funcionários no Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria, integra a pauta sindical em várias regiões de Mato Grosso.

Porém, quando existe esse respeito ao profissional da Escola todos ganham. Em Comodoro, a Escola Estadual Djalma Carneiro da Rocha, tem na gestão uma técnica em Nutrição Escolar, no segundo mandato. Profissionalizada pelo projeto Arara Azul (projeto de formação iniciado em 1998, na rede estadual), a funcionária hoje diretora, Regina Célia Polly, dá o exemplo de que a profissionalização e valorização reconhecidas resultam em bons frutos para a comunidade escolar.

 

 

Confira o depoimento de Regina sobre a experiência


Cuiabá, MT - 26/03/2015 15:27:55


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