Os trabalhadores/as da Educação em Greve realizaram manifestação nesta sexta-feira (17.06) na Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc-MT) contra mais uma tentativa do Governo de empurrar ‘goela abaixo’ o MTPAR S.A, e promover as parcerias público-privada (PPPs). A proposta é descaracterizar o processo privatizante da Escola Pública.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) esteve presente para contrapor os argumentos de que PPP não é um modelo privatista de Educação. E mais, o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes do Nascimento, esteve presente na manifestação para reforçar ao Governo que, enquanto o Edital do MTPAR não for suspenso, os profissionais permanecerão em greve.
“Nossa posição é clara. Independente do Governo pagar o RGA, a Educação só voltará se o Governo suspender o edital do MTPAR”, informou Nascimento na presença do secretário adjunto Gilberto Fraga.
E mais, Henrique esclareceu que as audiência promovidas pelo Governo não atendem as exigências da categoria sobre esclarecimento do MTPAR e PPP’s. “A Lei 049/98 constituiu o Fórum Estadual de Educação com a finalidade de debater as políticas públicas de educação, inclusive convocando Conferências com a sociedade para que de forma democrática , definir os rumos da educação. Tal espaço de debates tem sido ignorado pelo Governo”, afirmou.
Diante disso, o Sintep-MT considera a atitude do Governo, em dizer que ‘mente’ sobre o processo de terceirização/privatização, como leviana. “Qualquer pessoa que entenda a língua portuguesa vai ler o documento e entender que o Governo está repassando para a iniciativa privada, os serviços de construção, reforma, manutenção, infraestrutura, gestão, e os servidores “não” pedagógicos. Ai eu pergunto o que é a Gestão? Temos lei sobre isso.”, destacou.
O Sintep-MT é totalmente contrário as discussões paralelas que o governo faz na tentativa de dissuadir a categoria de que não há processo privatista no Edital 001/2016. Defende a garantia das discussões democráticas, em que existam espaços para se expor o contraditório, como são as Conferências. A presença dos grevistas teve como finalidade oportunizar esclarecimento para os gestores escolares.
A greve da Educação estadual foi iniciada em 31 de maio, completa 18 dias e permanecerá até que os pontos da pauta forem atendidos: RGA JÁ; suspensão do Edital do MTPAR (S.A) com convocação para Conferências e apresentação de calendário para Concurso Público.
Assessoria/Sintep-MT