A resistência democrática construída pelos movimentos sindical e social contra o retrocesso e o golpe nos direitos promovido pela PEC 55/2016, MP 746/16, PL 193/2016, reascende a mobilização estudantil. Iniciada com a Primavera Secundarista, agora é fortalecida pelos universitários. As ocupações acontecem em todo o país e fazem das manifestações dos estudantes um marco contra o retrocesso imposto pelo Governo Federal. 

Em Mato Grosso, a demarcação desse espaço de participação estudantil se consolida com a ocupação de vários prédios das Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Cuiabá. Mais de 32 cursos passaram por Assembleias para deliberarem os posicionamentos sobre as ocupações. Áreas como Comunicação Social, cursos do Instituto de Letras, Geologia, decidiram ocupar os espaços numa manifestação contrária a PEC 55/2016 e demais medidas que dão o golpe na classe trabalhadora. 

A mobilização – a qual muitos estão se familiarizando, participando pela primeira vez, registra em vários locais do pais e também em Mato Grosso, alguns incidentes. Fato atribuído ao recente exercício democrático do pais, somado a inexperiência e intolerância na disputa de ideias. “As verdades absolutas geram conflitos e estes somados ao senso comum alimentado pela mídia promovem, em alguns casos, a manifestação de ódio entre posições diferentes”, destaca o diretor de Formação da CNTE e secretário de Comunicação do Sintep/MT, Gilmar Soares. 

O coordenador geral do Diretório Central de Estudantes da UFMT, Vinícius Brasilino, revela que as divergências apresentadas nas plenárias tem sido sobre as maneiras de fazer a resistência. Uns apoiam a ocupação outros não. Alguns são contrários a greve. Mas, “a maioria tem compreendido os riscos que a PEC 55 ou a MP 746 (reforma do Ensino Médio) trazem para o país”, afirma o estudante. 

O enfrentamento atual, acredita Brasilino, é para a conscientização dos estudantes e a comunidade externa sobre a PEC 55. “A PEC entrou com uma tramitação muito rápida, reforçado pelo discurso da grande mídia, que é totalmente perigoso”, diz. Contudo, ressalta que os movimentos sociais, em especial o movimento estudantil, com as ocupações das escolas, denunciou isso com eficiência, contribuindo para o despertar da população aos impactos das medidas (PEC 55, reforma do Ensino Médio, PL Escola sem Partido, Reforma da Previdência) na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 25/11/2016 18:42:25


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