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A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa de mais de 4 milhões de trabalhadores da educação básica brasileira, que conta com 50 entidades sindicais a ela filiadas, inclusive o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo – APEOESP, vem a público, mais uma vez, e de forma consternada, repudiar mais um ato de violência vil sofrido por uma trabalhadora da educação.
No último dia 23, mais um caso de violência nas escolas brasileiras: uma professora de matemática, no exercício de suas funções de magistério, foi brutalmente agredida dentro do espaço físico da Escola Estadual República da Nicarágua, no bairro Fazenda da Juta, na zona leste da cidade de São Paulo. O mais estarrecedor é que a agressão veio de quem só podia lhe dever carinho e gratidão: um próprio estudante da instituição.
E esse tipo de acontecimento só vem denunciar mais uma vez o que, há muito, já é pauta constante de todas as entidades sindicais ligadas ao setor da educação pública nesse país: a violência no ambiente escolar. Decorrente de muitos fatores, o fenômeno da violência escolar deve, de forma primária, ser preocupação das secretarias municipais e estaduais de educação em todas as cidades e Estados brasileiros.
Não é possível mais conviver com esse tipo de acontecimento em nosso país, muito resultado da negligência dos gestores públicos em enfrentar essa questão da violência nas escolas de forma correta. E essa violência também se combate de múltiplas formas e maneiras, a começar pelo fornecimento da segurança nas escolas, de modo a criar um ambiente saudável para os trabalhadores da educação e também para os próprios estudantes. É dever do Estado assegurar essa segurança! Não podemos mais conviver com fatos dessa natureza!
A professora de matemática agredida encontra-se agora internada em Unidade de Terapia Intensiva hospitalar, e a ela e a sua família nos solidarizamos da forma mais integral, fraternal e solidária possíveis.
Também nos colocamos à disposição, de forma conjunta com a própria APEOESP, para cobrar junto às autoridades as devidas medidas para que isso não volta mais a acontecer nessa escola e em nenhuma outra do país.
A escola deve ser o lugar por excelência do respeito e da construção de melhores valores para a nossa sociedade. Nos colocamos a disposição para sermos instrumentos dessa empreitada.
Brasília, 25 de novembro de 2016
Diretoria Executiva da CNTE
