O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) acredita que o governador Pedro Taques coloca sob suspeição a credibilidade do funcionalismo e do próprio estado, quando altera a data de pagamento dos salários dos servidores e das servidoras públicas. A mudança não foi planejada o que gera insegurança financeira.

As políticas implementadas, desde o não pagamento da RGA, somados ao escalonamento de salários, e o fato de apontar os servidores como peso para o estado, são vistas pela direção sindical como descontrole e retrocesso. “Os impostos continuam sendo cobrados e pagos pelo contribuinte para atender a relevância pública (Educação, Saúde, Segurança), se não tem recurso significa dizer que está tendo má gestão”, destacou o secretário financeiro do Sintep/MT Orlando Francisco.

Conforme o secretário, os argumentos de crise na arrecadação estadual não se sustentam quando analisados os sistemas que registram as receitas e despesas do estado. Sendo assim, há uma inconsistência nas justificativas repassadas para a população. “O governo fala em atraso dos recursos do FEX (Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações), no entanto, isso não justifica a alteração na data de pagamento dos salários. Os recursos do FEX não foram usados para financiar políticas públicas nem mesmo pagar a Folha do executivo. Isso é uma falácia”, argumenta.

Todo esse transtorno promovido coloca o próprio governo em descrédito e deixa os servidores reféns, retirando a confiança para financiamento no comércio. “Agora não sabemos se poderemos honrar com os compromissos. O salário passa a sair dia 10, mas por vezes foi escalonado. O que garante que a data não seja alterada no futuro?”, questiona.

A mudança impactou na vida financeira de quase 100 mil servidores e servidoras públicas da rede estadual, e refletiu no comércio e na vida familiar. “No mês de setembro e outubro atrasei os pagamentos por causa do escalonamento dos salários. Tivemos uma perda de mais de R$ 300, 00, por conta de pagamento de juros, no financiamento do carro e no cartão de crédito”, relata Graciele Cunha, esposa de servidor público.

O Sintep/MT continuará cobrando respeito aos trabalhadores e trabalhadoras do estado. “O governo promoveu um transtorno na vida dos servidores. Sem contar que passam a trabalhar 30 ou 31 dias e aguardam mais dez para receber os salários”, conclui Orlando Francisco.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 02/12/2016 11:15:39


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