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O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) chama a atenção da categoria para a retomada do governo do estado ao projeto privatista na Educação Pública. No último dia 30 de novembro, o governador Pedro Taques promoveu uma reunião intitulada I Encontro de Investimento Social Privado, com foco em despertar o interesse de empresários para o “investimento” social na Educação Pública.
Com o argumento de que faltam recursos devido à crise econômica, o governo decidiu buscar alternativas para promover as política sociais, com destaque na Educação. Sendo assim, reuniu representantes de Fundações, Empresas e grupos econômicos, os quais têm como objetivo o lucro, para ‘contribuírem’ para as políticas sociais do Estado.
Para o governador, esse investimento dá a “oportunidade de superar as diferenças entre os setores público e privado, tendo como foco o interesse social”, disse Taques. “É achar que o povo é bobó tcheira-tcheira para acreditar em voluntariosos empresários com objetivo de reduzir as desigualdades”, destaca o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento.
Para Henrique Lopes, as diferenças seriam superadas se os investimentos públicos em Educação, por aluno, fossem proporcionais aos investimentos que os pais dos estudantes da escola particular fazem nos filhos. “A única igualdade que se terá na parceria é o lucro que os empresários vão querer obter “, assegurou.
A reunião com os empresários apontou para o fortalecimento da política neoliberal implantada também pelo governo federal, que defende o mínimo de investimento do Estado em políticas sociais. Taques informou que o investimento social privado é novo no país, tem se mantido, mesmo diante da crise, além de gerar empregos.
Segundo o presidente do Sintep/MT, o governador só deixou de esclarecer que isso acontece porque o dinheiro público mantém o lucro desses empresários, já que não vai para políticas sociais. “Ou seja, o dinheiros pago em impostos por todos, beneficiando alguns. Deixou de falar também que, apesar de recente no Brasil, a iniciativa está em decadência até mesmo nos Estados Unidos, onde a terceirização da Educação Pública não alcançou nenhuma das metas para a melhoria do ensino”.
O Sintep/MT informa que a categoria não está alheia a maquiagem do governo, ao trocar o termo Parcerias Público Privada (PPP) por Investimento Social Privado, para terceirizar a Educação. “Lutamos durante 67 dias contra a privatização do ensino. Não ficaremos de braços cruzados diante dessa manobra que tenta iludir a população para o desmonte da educação pública”, concluiu.
Assessoria/Sintep-MT
