A Plataforma Operária e Camponesa para a Energia realizou de 2 a 4 de dezembro, em São Paulo (SP), a primeira etapa nacional de formação de formadores e lideranças. Com o lema “Plantando a Semente da Resistência e da Esperança”, o objetivo do curso é aprofundar o conhecimento sobre o atual estágio da produção de petróleo e energia no país e sua implicação para as áreas de educação, saúde, emprego e direitos.

mesaA Secretária de Assuntos Municipais da CNTE, Selene Michielin, que esteve no encontro, ressaltou a importância do debate na atual conjuntura do país. “Esse evento é muito importante, para unir forças e propor estratégias em defesa da Petrobras, principalmente pelo momento que o país está enfrentando, no qual, sob protestos de diversos movimentos sociais e a CNTE, o governo golpista sancionou no último dia 29 de novembro a lei que tira da Petrobras a obrigatoriedade de exploração do pré-sal e que consequentemente entrega a maior riqueza dos brasileiros às multinacionais”, avaliou.

Esta etapa servirá para qualificar um grupo nacional de formadores da Plataforma, que deve a partir deste organizar grupos estaduais e regionais sobre o tema. Este é o primeiro de uma série de seis encontros que devem se realizar nos próximos dois anos.

A proposta é de médio e longo prazo e pretende chegar em todas as categorias profissionais, principalmente em grande parte das escolas visando criar um forte sentimento de pertença, organização e ação nacional que defendam as riquezas nacionais.

Esta primeira etapa nacional contou com a participação de lideranças de 14 organizações e de 13 estados brasileiros representando trabalhadores da indústria do petróleo, indústria de eletricidade, educação, juventude e organizações de camponeses.

As análises realizadas pelos representantes das entidades participantes têm sido unânimes em afirmar que privatizar a energia, o petróleo e a educação não é melhor caminho para o Brasil.

Além da Secretária de Assuntos Municipais da CNTE, também participaram representantes de entidades filiadas à Confederação.

História

A Plataforma Operária e Camponesa para a Energia foi criada em 2010, a partir da articulação entre movimentos sociais, trabalhadores eletricitários, petroleiros, engenheiros, atingidos por barragens e agricultores, com a proposta de criar um espaço de dialogo e articulação das lutas para se avançar em um projeto popular para a energia no Brasil. Além da CNTE, integram a Plataforma o Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF), a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Sinergia CUT, Federação dos Trabalhadores na Industrias Urbanas do Estado de São Paulo (FTIUESP), o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), o Senge-RJ, o Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil (Intersul), o Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina (Intercel), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento Camponês Popular (MCP) e a Via Campesina Brasil.

Cuiabá, MT - 06/12/2016 13:53:38


Print Friendly and PDF

Exibindo: 3331-3340 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter