O Conselho de Representante do Sintep/MT, ontem (10.02) foi aberto com reflexões sobre a conjuntura econômica e política, do país, do estado e do mundo. A análise feita pelos educadores Emílio Gennari; o secretário de Política Educacionais da CNTE, Gilmar Soares; e, pelo diretor do Sintep/MT, Júlio Viana. Juntos percorreram do interesse do capital internacional até o golpe do governo Temer, para manter o desmonte dos direitos da classe trabalhadora  

Nos Estados Unidos, a repercussão interna dos projetos do atual presidente Donald Trump fazem frente aos interesses dos grandes empresários americanos e da própria sociedade. A repercussão das medidas adotadas por Trump, como a coibição a migração, promoveram um impacto cambaleante na economia interna daquele país. Segundo Gennari, a economia americana tem se mostrado “como um bêbado, ora para um lado ora para outros. Existem trimestres de crescimento e trimestres como aparência de crise”.

Os rumos das políticas sociais e principalmente econômicas dos EUA ganham repercussão internacional, lembra Gennari, pois movimentam os mercados em todo o mundo capitalista. No Brasil o governo Temer compactua com os interesses do capital internacional e fortalece os projetos no país para assegurar o projeto capitalista de manter “trabalhadores baratos e super explorado”. 

Conforme Gennari, caberá a sociedade se fortalecer para dizer não as ameaças do capital. O capitalismo sempre ameaçará a luta, o que não pode é recuar diante de situações complicadas e difíceis. “A condição para o navio continuar a navegar com um projeto de sociedade que não seja o capitalismo é não deixar afundar o navio”, diz.

Doses  

O secretário de Políticas Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Gilmar Soares, cita que o golpe promovido à classe trabalhadora brasileira é diferente daquele da década de 60. “Não há suspensão dos direitos civis, ele está sendo aplicado em doses com as quebras de direitos trabalhistas num novo patamar de escravidão”, ressaltou. 

A Reforma do Ensino Médio, a PEC 55 do Teto dos Gastos, a tentativa de implantar a Reforma da Previdência estão a reboque de interesses internacionais do grande capital, dentro de órgãos como a Unesco e o Banco Mundial. Em resposta a esse desmonte de direitos, Soares destaca o calendário de lutas da CNTE. Ele será a resposta da classe trabalhadora para não perder as conquistas consolidadas na última década. “Se não enfrentarmos levaremos outras três década para termos nossos direitos restabelecidos”

Contradições 

A agenda de desmonte fomentada também em Mato Grosso, integrou a análise do diretor sindical do Sintep/MT, Júlio Viana. Segundo ele, as contradições, constatadas na realidade econômica do estado, revelam os interesses por traz das propostas. “Se o produto externo de MT triplicou mas a arrecadação pouco mais que duplicou, com quem está o acúmulo dessas riquezas? Não está na renda da massa trabalhadora, que continua com média de dois salários mínimos”, disse.

A política de arrecadação aplicada no estado não atende aos interesses do povo de Mato Grosso, pois as riquezas produzidas não justificariam a necessidade baixar custos, o que descarta  Reforma ára Teto de Gastos. Porém, Viana esclarece que não interessa ao governo, um cidadão que exija saúde, moradia, educação. "A proposta é de um estado mínimo, que seja 'prestador de serviço', ao invés de garantí-los”, conclui. 

Assessoria/Sintep-MT
Cuiabá, MT - 11/02/2017 10:46:38


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