Com a nova medida, os trabalhadores terão de desembolsar até 49 anos de contribuição para ter uma aposentadoria integral.

A CUT MT participou na manhã deste 08 de março – Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, da Caminhada Contra a Reforma e por Defesa de Direitos unido mulheres do campo e da cidade.
 
Com o espírito de luta, enfrentando o sol quente e calor de Cuiabá, mais de 500 mulheres trabalhadoras do Campo e da Cidade (trabalhadoras rurais, educadoras, enfermeiras, estudantes), saíram do  Centro Esportivo do Bairro Quilombo em caminhada pelas principais ruas de Cuiabá e ocuparam a agência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) localizada na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Cuiabá.
 
Temas como a violência contra a mulher,  educação no campo, agrotóxicos , reforma agrária  e trabalhista também foram abordados, mas o principal objetivo do Ato de Protesto foi  para marcar posição contra a proposta de mudança nas regras de aposentadoria – que prejudicará mulheres e homens tanto da cidade quanto do campo.
 
As mulheres, durante toda a caminhada, panfletaram e dialogaram com a população e também com os servidores e usuários da agência do INSS sobre os danos que a reforma da Previdência irá provocar aos trabalhadores. 
 
A reforma da previdência obrigará os trabalhadores a contribuir por mais tempo. As mulheres serão as mais prejudicadas com a equiparação. Tendo em vista, que a proposta, encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional, prevê idade mínima de 65 anos para a requisição dos benefícios, tanto para os homens e mulheres do campo e da cidade.
 
Na regra atual, as mulheres se aposentam após 30 anos de contribuição, sem a exigência de uma idade mínima, como também aos 60 anos de idade e com 180 meses contribuições (trabalhadora urbana). Ou ainda com 55 anos de idade e a comprovação de exercício de atividade por 180 meses (trabalhadora rural). Com a nova medida, os trabalhadores terão de desembolsar até 49 anos de contribuição para ter uma aposentadoria integral. Nessa equação, a sina das mulheres é ter de se manter 19 anos a mais na ativa.
 
"Somos contra essa medida desse governo golpista, que para a gente deveria ser chamada de contrarreforma, porque retira os direitos dos trabalhadores", disse Lucinéia Freitas, uma das coordenadoras do MST.
 
Durante a ocupação da agência do INSS, foi entregue um documento com a posição contra essa reforma que, se aprovada, vai afetar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras, principalmente as mulheres trabalhadoras camponesas.
 
O presidente da CUT MT, João Luiz Dourado, a previdência social é patrimônio do povo brasileiro é da classe trabalhador. “Estamos na rua, ocupando e abraçando a previdência social  para defender a aposentadoria e a seguridade social contra governo golpista quer privatizar para entregar ao sistema financeiro, e privilegiar uma elite brasileira que não sabe o que é trabalho. Por isso, estamos aqui para dizer que a previdência social é patrimônio é do povo, é  direito da classe trabalhadora e não vamos permitir esse se faça essa reforma que acaba com o direito da seguridade social, para acabar com a proteção social, nos queremos ampliar direitos, queremos direito à terra, queremos produzir e gerar renda para esse país e levar alimentos à mesa da sociedade brasileira”, afirmou, parabenizando as mulheres trabalhadoras do campo e da cidade pela luta e pela resistência.
 
“Vamos continuar na rua defendendo a previdência social,  por nenhum direito a menos, e contra esse agronegócio que só concentra renda e cria desigualdade social”, completou
 
A mulheres do MST, que vieram para de várias regiões de Mato Grosso, estão desde segunda (06/03) em Cuiabá participando da  Jornada Nacional de Luta das Mulheres de 2017 do MST, cujo  o Lema é “Estamos todas despertas. Contra o Capital e o Agronegócio. Nenhum direito a menos”. Elas estão acampadas no  ginásio de esporte do bairro Quilombo.

CUT-MT

Cuiabá, MT - 09/03/2017 09:26:52


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