A audiência pública realizada na tarde da última segunda-feira (25), no auditório do Ministério Público, em Palmas no Tocantins, tratou sobre a substituição dos trabalhadores em greve, e a defesa do não corte de ponto e direito à reposição de aulas, já que faz 22 dias de greve na educação municipal. O debate reuniu o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (SINTET), gestores públicos, entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente, além de pais e alunos.

Mais de 50 pessoas se inscreveram para fazer uso da palavra durante a reunião. Na ocasião, alunos assumiram a fala e defenderam a reposição de aulas ao invés da substituição dos servidores. "Não está tendo aula, ficar numa sala de aula onde não tem professores qualificados não é ter aula", afirmou uma aluna. Os pais dos estudantes também defenderam a greve da categoria. "Eu não tenho confiança de deixar meu filho na escola com pessoas que não possuem nenhum preparo", disse a mãe de um aluno.

A Promotora de Justiça, Zenaide Aparecida da Silva, defendeu a reposição das aulas e afirmou que será realizada inspeções nas escolas municipais a partir da próxima quinta-feira (28), com o objetivo de complementar o levantamento de informações.

Ao final de todas as falas, o representante da Prefeitura de Palmas, o Procurador Geral de Palmas, Flúvio Borges, não apresentou nenhuma proposta que atendesse aos anseios da categoria e defendeu a substituição dos profissionais da educação. A promotora de Justiça sugeriu que um acordo imediato fosse feito e desta forma fosse decretado o fim da greve, porém, o representante da gestão municipal permaneceu com a decisão.

Entre todas as manifestações apresentadas, nenhuma foi contrária à reposição das aulas, com exceção do representante da gestão municipal.

A representante do Ministério Público informou que irá ajuizar uma Ação Civil Pública para que a reposição ocorra. "O objetivo do Ministério Público é garantir que os alunos não sejam prejudicados e que as aulas sejam repostas pelos professores do quadro da educação e não por profissionais contratados temporariamente", concluiu Zenaide.
 

Greve de fome
 

Cinco professores já deixaram a greve de fome, por complicações de saúde.

No último domingo (24), os professores Antonio Chadud e Vinícius Luduvice foram levados à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) após sofrerem fortes dores no estômago.

Na noite de ontem (25), os trabalhadores Fábio Lopes, Tahina Paz e Neilon William deixaram o protesto, depois de também apresentarem complicações de saúde.

Dois professores ainda permanecem com a greve de fome que já dura mais de 135 horas.

A Câmara Municipal de Palmas continua sendo ocupada pela categoria, tanto durante o dia, quanto à noite.

CUT

Cuiabá, MT - 26/09/2017 17:34:29


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