Uma plenária do movimento sindical da educação do estado de Mato Grosso instituiu na tarde desta quarta-feira (22.11), em Cuiabá, a comissão do Fórum Estadual Popular de Educação. Composta pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso (Adunemat), Sindicato dos Servidores Públicos da Educação Profissional e Tecnológica de Mato Grosso (Sinprotec/MT), será responsável por organizar, até março de 2018, a etapa estadual da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape).

A Conferência Nacional Popular de Educação (abril de 2018) é resultado do encaminhamento dado pelos profissionais da educação, puxados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que exigi do governo federal a avaliação do Plano Nacional de Educação (PNE).

Segundo esclareceu o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento, a Conape nasce após a desestruturação do Fórum Nacional de Educação, quando inviabilizou a participação de instituições que faziam parte do debate, somado a perda de prazos para convocar a CONAE 2018 (Conferência Nacional de Educação), que avaliaria o Plano Nacional de Educação (PNE).

 “Esse conjunto de ações tinham o objetivo de legitimar as políticas do governo federal, a exemplo do Novo Ensino Médio, da tentativa de cobrança de mensalidades nos cursos superiores, que dão outra roupagem para a educação brasileira. Somos totalmente contrários a mais esse golpe ”, disse.

“Conape é uma forma de assegurar o debate sobre a educação brasileira a partir das instituições educacionais”, afirma o representante da Adunemat, Dimas Santana de Souza Neves. Conforme ele, a Conferência Popular é uma reação dos profissionais da educação às políticas educacionais excludentes implementadas tanto a nível federal como estadual.

A representante da Sinprotec, Gislaine Lima ressaltou a união das organizações sociais para a realização dessa avaliação. E, conforme citado na abertura do evento, mais instituições deverão compor o Fórum Estadual Popular de Educação, como profissionais da Universidade Federal de Mato Grosso, Associação Mato-grossense dos Estudantes (AME), UNE entre outras. Foi destaque inclusive a participação do governo, via servidores da educação que atuam em órgãos estaduais e municipais.

A professora Maria Celma de Oliveira, da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT), lembrou o quanto a classe trabalhadora perdeu com políticas federais após o golpe. Citou o desmonte das fontes de financiamento que assegurariam recursos para a Educação (PIB 10% a partir do royaltes do Petróleo, e do Pré-Sal, hoje vendidos para estrangeiros). Destacou também o Novo Ensino Médio, que exclui os filhos da classe trabalhadora a escola. “Será um desafio”, afirmou.

A defesa da Conape, em sustentar as política educacionais defendidas para a classe trabalhadora, foram lembradas pela secretaria de Política Educacionais do Sintep/MT, Guelda Andrade. Precisamos iniciar essas defesas a partir de nossas avaliações sobre o Plano Estadual de Educação. Teremos que sustentar nosso discurso nos próximos dias, quando estaremos integrando os debates da Conferência de Avaliação do Plano Estadual de Educação”, conclui.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 22/11/2017 20:10:32


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