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O desmonte do Estado e as políticas privatistas chegaram à administração da Educação Pública em Mato Grosso.
Esta semana, a assessoria pedagógica de Nova Canaã do Norte (700 km da capital) foi despejada do imóvel que ocupava por falta de pagamento dos aluguéis. Esse é mais um capítulo do ataque ao serviços públicos, com ênfase na Educação. O quadro nada positivo ameaça ficar ainda pior com o corte de investimentos que será implantado em 2019, com Emenda Constitucional (EC) nº 81 e a Lei do Teto de Gastos do governo federal (EC nº 95).
A informação da presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) de Nova Canaã do Norte (700 km da capital), professora Regia Cristina Pires, reforçou o já anunciado desmonte que foi iniciado com as medidas de retirada de direitos da classe trabalhadora (Terceirização, Reforma Trabalhista) e que teve seu ápice na Educação pela Reforma do Ensino Médio, que se agravará com corte de investimentos (EC nº 94 – DRU; ex-PEC 241 atual EC nº 95; venda do Pré-Sal, que incrementaria o PIB da Educação).
Para o Sintep a ausência de prédio para a assessoria pedagógica trabalhar compromete o funcionamento administrativo das escolas. A ação retrocede as práticas do tempo que as assessorias, quando existiam no município, disputavam espaço entre as salas de aulas das escolas.
Segundo avaliação sindical, os ataques do governo a educação pública gratuita têm sido contínuos. A menos de um mês foi registrado a retirada de condicionadores de ar das salas de aulas em “contêineres”, por falta de pagamento na manutenção do serviço. Também foi dado publicidade ao atraso nos repasses de recursos do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE). A verba encaminhada pelo governo estadual para as escolas é utilizada para manutenção, como compra do gás de cozinha ou detergente para lavar os utensílios.
“Enquanto a comunidade escolar faz malabarismos devido ao corte de recursos, o governo estadual perdoa os grandes empresários e o agronegócios de pagarem impostos. Recursos que deveriam incrementar o bolo da educação e hoje superam o próprio o orçamento da Educação Pública Gratuita em Mato Grosso”, argumenta a presidente do Sintep/MT, Jocilene Barboza.
*atualizada 20/07
Assessoria/ Sintep-MT
