Ir além do currículo proposto, ser criativo para assegurar a formação integral dos estudantes, mesmo com as limitações governamentais imposta à Escola Pública, colocou a Escola Estadual Eucáris Nunes Cunha e Moraes, de Poconé, entre as estrelas da XII Mostra Brasileira de Foguetes (XII MOBFOG). A unidade participará em dezembro, da 19ªJornada de Foguetes 2018, uma competição entre escolas que desenvolvem projetos de foguetes que percorrem distâncias acima de 100 metros do chão.

A participação na 19ª Jornada foi uma consequência do trabalho de três anos desenvolvido pela professora de Biologia e Física, na unidade, Cláudia Kelly, e demais profissionais, que atuam de forma integrada. “Com apoio da direção, implantamos a Feira de Física, todo mês de setembro. Os trabalhos, mesmo que rudimentares inicialmente, expunham a produção dos estudantes relacionando as várias disciplinas. Atualmente, para além da mostra, fazemos discussões em salas temáticas”, relata.

De 2016 até hoje, a Escola deu passos significativos. Conquistaram o laboratório de Física, Química e Biologia, com um profissional técnico que auxilia os trabalhos. A mostra se expandiu e será aberta para intercâmbio de trabalhos com as demais escolas do município. E, o sonho de participar da Mostra de Foguetes, no Rio de Janeiro, foi conquistado, com projeto inscrito e classificado. Dia 17 de dezembro a professora e os três estudantes do trabalho vencedor irão participar da competição nacional.

Longe de imaginar a construção de uma Apolo 11, o foguete criado pelos estudantes é produzido de garrafa Pet e, apesar de comportar toda uma aerodinâmica, é alimentado por vinagre e bicabornato de sódio. Toda a diversão está no fato de descobrirem nos materiais cotidianos possibilidades desconhecidas. E mais, elaboradas com base naquelas aulas que, para muitos são difíceis, chatas, ou incompreensíveis.

Conforme a professora, em várias salas de aulas (são onze turmas) o modelo convencional de ensinar é quase impossível. “São inquietos, desinteressados. No entanto, obtive excelentes resultados com essas turmas ao trazer o conhecimento de forma lúdica’, relata. Segundo Cláudia, todos os modelos de foguetes foram criados nas horas de lazer, fora da sala de aula. Aprenderam literalmente brincando.

A direção da escola, do também dirigente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), professor Ricardo Assis, destaca que o projeto de foguetes integra as atividades da unidade que atua com Ensino Médio Integrado (cinco horas aula, carga horária ampliada) e também trabalha na modalidade Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, além do Ensino Médio regular no noturno.

“Nosso trabalho é desenvolver a criticidade dos estudantes para a vida, além de tornar o espaço escolar atrativo, colaborativo e desafiador para os jovens que permanecem aqui, para além das quatro horas regulares. Reunimos uma pluralidade de perfis, com estudantes das regiões centrais, de áreas mais periféricas, urbana e campo, e os projetos são propositivos para integrar, ampliar horizontes e questionamentos”, disse.

Assessoria/Sintep-MT
  

Cuiabá, MT - 21/09/2018 17:42:08


Print Friendly and PDF

Exibindo: 2261-2270 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter