Educadores da rede estadual de Mato Grosso, em greve há 54 dias, recepcionaram o governador Mauro Mendes e comitiva, nesta sexta-feira (19.07), no município de Chapada dos Guimarães. Indignados por estarem com salário cortado, num duplo ataque aos direitos profissionais, os trabalhadores da educação cobram o pagamento da Lei 510/2013, que assegura a correção salarial da categoria, contra o achatamento histórico nos valores pagos pelos governos.

Até 2013 os salários dos profissionais da educação do executivo estadual eram os menores pagos pelo governo, se comparado com todas as demais carreiras de nível superior. A equidade será conquistada com a Lei 510/2013 que vigora até 2023. “Negar a 510/2013, com o calote no percentual de 7,69% é retroagir na conquista de valorização na tentativa de acabar com a profissão de Educador”, destacou o presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público, de Chapada dos Guimarães, Eduardo Vinicius Rocha Pires.

Com faixas e cartazes, os trabalhadores e trabalhadoras da Educação questionavam o governador sobre as prioridades do seu governo, que retiraram da pauta a Educação Pública Gratuita. A pressão feita pelos manifestantes irritou a comitiva, em especial os seguranças, que com cotoveladas tentaram afastar o dirigente sindical para fora do perímetro que estavam caminhando. Segundo relataram, também outra manifestante foi ameaçada por membros da equipe do governo.

 “Comparar o salário dos/as professores/as do estado aos daqueles recebido pela maioria na iniciativa privada é um discurso raso, que devia a finalidade da Educação Pública. Diferente dos empresário donos de escola, a Educação Pública não visa o lucro, mas um direito social e para isso necessita de investimento e valorização”, disse Eduardo Vinícius.

A cobrança dos profissionais por resposta a pauta determinante para o fim da greve -  cumprimento da Lei 510/2013 -  foi exposta a todo momento durante o protesto. Os profissionais contrariados com o descaso do governo se manifestaram e, em alto e bom som, avisavam: “o que finaliza greve é proposta”, “a greve continua”, “Mauro Mentira”, referência as divulgações do governo na mídia, que desqualificam a luta pelo direito e os próprio profissionais. 

Assessoria/Sintep-MT

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Cuiabá, MT - 19/07/2019 15:54:26


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