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Com veto à testagem da Covid 19, governo traz insegurança para retorno às aulas presenciais
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) acusa o governo Mauro Mendes de colocar os profissionais da educação da rede estadual como boi de piranha em relação à Covid-19. Na última sexta-feira (16.10) o governador vetou um projeto para realização de testagem obrigatória dos trabalhadores da educação, convocados para retomarem às atividades presenciais. A negativa, foi recebida como uma transferência dos riscos e responsabilidades para escolas e famílias.
A testagem para os educadores foi avaliada como um procedimento importante diante dos riscos aos quais serão colocados os educadores com a retorno das atividades nas unidades escolares. “Seria um protocolo a mais para a segurança dos trabalhadores e estudantes, já que a Secretaria de Estado de Educação à revelia dos indicadores tem forçado a volta às aulas”, ressalta o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.
Para o dirigente sindical, a negativa do governo ao projeto apresentado pelo deputado Wilson Santos reafirma o descaso com que a atual gestão tem tratado os profissionais da educação. A medida defendida pelos órgãos de saúde visa diagnosticar os casos assintomáticos entre os grupos aparentemente saudáveis. “Esse tipo de ação nem precisaria da atuação do Parlamento porque se o governo fosse comprometido com o bem estar do povo de Mato Grosso, em especial os Profissionais da Educação, já seria uma ação do próprio governo garantir testagem em massa, inclusive sem necessidade lei”, afirma Valdeir Pereira.
Dados recentes da pandemia no estado apresentam números ainda alarmantes. Um dia atrás (18.10) Mato Grosso tinha mais de 135 mil notificados de contaminação pela Covid-19, e cerca de 3.800 mortes registradas. O veto do governador Mauro Mendes vai na contramão dos que orientam pesquisadores e instituições de pesquisa dizem os dirigentes. “A defesa do teste em massa está no fato de que ajudam a desmascarar o real quadro da doença, já que para cada um sintomático testado existem de cinco a 11 pessoas contaminadas”, cita o presidente.
Assessoria/Sintep-MT
