Ato público nesta quinta-feira (17/12) marca protesto contra militarização de escolas em Mato Grosso

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), por meio da subsede Cuiabá, conclama a categoria a participar do ato público contra a decisão do governador Mauro Mendes em militarizar escolas estaduais. A manifestação será nesta quinta-feira (17/12), na Escola Presidente Médici, em Cuiabá, com a concentração às 8h.

O presidente do Sintep, subsede Cuiabá, João Custódio, destaca que o sindicato não se opõe, de maneira alguma, ao trabalho das forças de segurança. “O nosso questionamento à essa decisão do governo, é quanto ao desvio de competência. Seria a mesma coisa que determinar que profissionais da educação assumissem o papel de garantir segurança e atuar com poder de polícia. Colocar militares para atuar no processo de ensino-aprendizagem, é um projeto totalmente descabido e que mostra que o governo, ao invés de se preocupar em investir na valorização dos profissionais que foram devidamente qualificados para ensinar, prefere transferir a competência para uma outra carreira que, embora eu respeite muito, nada tem a ver com o espaço escolar”, disse Custódio.

A Lei nº 10.922, que permite transformar as escolas públicas de Mato Grosso em colégios militares, foi sancionada em julho deste ano pelo governador Mauro Mendes e contempla uma das principais agendas do governo Bolsonaro, gerando a reação de educadores e da própria comunidade escolar, já que a lei foi estabelecida sem que um diálogo fosse feito com as partes envolvidas. “Essa lei é uma aberração. A decisão do governador não atende um plano que valorize os educadores, e por isso mesmo, não podemos nos calar diante dos seus desmandos. Esse ato público é apenas o começo de um movimento que pretende sim, resistir a essa decisão”, disse o dirigente sindical.


Para Maria Luiza Zanirato, que é diretora Adjunta da Secretaria de Políticas Educacionais do Sintep-MT, a implementação de escolas militares, por tradição, costuma impor um tipo de exclusão entre os mais pobres, já que na maioria dos casos, reserva um percentual de vagas para filhos de militares e ainda costuma cobrar taxa para testes de seleção, algo que não pode existir na escola pública. “Entendo que esse modelo militar não contempla a concepção de escola pública e não promove a democracia e à inclusão às diversidades dentro do ambiente de ensino, por isso, somos veementemente contrários à essa imposição do governo”, disse.

Fonte: Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 16/12/2020 18:02:10


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