A Subsede do Sindicato dos
Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) em Primavera do
Leste, a
A situação da rede estadual
da cidade é preocupante. Faltam mais de 20 profissionais e as projeções não são
nada animadoras, graças a aposentadorias já agendadas e licenças maternidade
previstas. Para sensibilizar o órgão, foi montada uma sala de aula na rua sem a
presença de um professor. Além disso, os estudantes relacionaram as disciplinas
e as escolas em que já não há um profissional.
Após o ato, um grupo de
representantes foi recebido em audiência pelo promotor da Primeira Promotoria
Cível, Silvio Rodrigues Alessi Júnior, que também responde, interinamente, pela
Promotoria da Vara da Infância e Juventude. De acordo com o promotor, já houve
uma manifestação do Ministério Público Estadual, por meio do promotor Miguel
Slhessarenko Júnior, que instaurou inquérito civil para fiscalizar e apurar a
responsabilidade da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT).
A Secretaria não tem chamado os aprovados em concurso público e não previu o
remanejamento temporário no período eleitoral.
A secretária geral da subsede
do Sintep/MT em Primavera do Leste, Marileuza Souza, ressaltou que a
convocação, importante e necessária, não suprirá a necessidade atual de
contratações. "Não há como substituir professores efetivos por outros efetivos,
mesmo porque as disciplinas e locais de lotação do profissional são diferentes".
A direção central do Sintep/MT reafirmou a necessidade das promotorias
municipais enviarem manifesto a 8° Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá, para
que se cobre do TRE/MT a inclusão da educação como prioridade contra o acórdão.
"A falta de professores,
técnicos e profissionais de apoio, além de causar imensos prejuízos à qualidade
de educação para todos, coloca a saúde dos profissionais em risco, pois eles
passam a assumir mais de uma função, sobrecarregando a carga horária e as salas
de aula com número de alunos além do ideal", pontuou a secretária. A falta de
infraestrutura nas escolas vem sendo denunciada pelo Sintep/MT desde 2007.
"Por esses e outros problemas que temos na rede pública, há diversos
profissionais exercendo duplas jornadas de trabalho e sendo acometidos por
enfermidades. Agora, com o impedimento de novas contratações, esses casos
triplicaram e a situação está se tornando insustentável", finalizou Gilmar
Soares Ferreira, presidente do Sintep/MT.