Basta um visita nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Várzea Grande para darmos contas do volume dos problemas que se abatem sobre as escolas.

São problemas que a direção da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso de Várzea Grande (Sintep/VG) tem denunciado a muito tempo e que as gestões nas escolas vem, seguidamente, solicitando ao secretário municipal de educação, Jonas Sebastião, as providências. Mas, o secretário tem feito "ouvidos moucos" ao clamor das comunidades escolares.

"Só para citar um exemplo, quem visitar a EMEB Waldomiro Bertúlio, localizada no Bairro Parque do Lago, vai perceber problemas no telhado, forro caindo, caixa de água com muito vazamento, rachaduras nas paredes e outros problemas", aponta o presidente da Subsede, Professor Gilmar Soares Ferreira, que visitou a escola pela segunda vez, neste ano. Ele ouviu da gestão da escola, que representantes da Secretaria Municipal de Educação (SME) sabem dos problemas, vão à escola e fotografam tudo, mas nada resolvem.

Falta de pessoal

Os problemas na escola se agravam com a falta de pessoal para atendimento adequado dos estudantes. Por exemplo, as turmas de 4 anos pela manhã tem professora, mas não tem TDI (Técnica em Desenvolvimento Infantil) para auxílio no acompanhamento dos pequenos. No período vespertino, as crianças não tem professor na sala e tem apenas uma TDI para acompanhar as duas turmas.

Ainda, segundo informações levantadas pela direção da subsede, as salas estão atendendo um número de crianças para além da sua capacidade, devido à grande procura dos pais e mães que quase se desesperam para conseguir uma matricula para seus filhos.

Na questão de pessoal, a SME não assegurou a contratação de mais uma merendeira, como estava previsto no convênio para as escolas que atendem o programa do Governo Federal, o Mais Educação. Isso acarretou mais serviço para a Técnica em Nutrição Escolar, a merendeira da escola.

Mais Educação

Também, o Programa Mais Educação está em situação delicada na escola. É um programa bem aceito pelas crianças e seus país, porque oferece várias atividades extracurricular que amplia a permanência dos mesmos na escola, mas que a escola não recebeu recursos neste segundo semestres para manter as atividade programadas. Oficinas como Violão, Canto e Coral e Judô já foram dispensadas.

Vários gestores que participaram de reuniões junto a SME alegam que inicialmente a própria SME tentou se isentar da responsabilidade de inadimplência, responsabilizando as escolas que não prestaram contas do uso dos recursos.

Mas, o fato é que as escolas devem prestar conta para a SME, e a SME tem que prestar contas junto ao MEC prova de que a falha que provocou a suspensão dos recursos para as escolas no segundo semestre é única e exclusiva da SME que não tem orientado e acompanhado adequadamente as escolas nas prestações de conta.

Para o presidente da subsede, o resultado da irresponsabilidade e incompetência dos gestores na SME/VG é prejuízo direto aos estudantes, suas famílias e a comunidade escolar. Sem recursos, as escolas estão sendo obrigadas a manter apenas algumas oficinas e já sinaliza as dificuldades de manter o programa para o ano de 2015, porque o MEC não aceita o cadastro da escola pela inadimplência do município.

Denuncia

De acordo com o professor Gilmar os problemas não param por aí. O desrespeito da Administração Wallace Guimarães e Jonas Sebastião para com os servidores, levam muitos prejuízos aos próprios servidores e à comunidade escola. "Denúncias feitas no Conselho de Representantes do Sintep/VG no início deste mês, revelam que a SME/SAD não está pagando as substituições do pessoal que estão em licenças médicas. E o pior, há informações de muitas escolas estão realizando eventos para arrecadar fundar para pagar alguns contratos que a prefeitura não assumiu e não honrou", denuncia o professor.

A direção do Sintep/VG alerta para as gestões das escolas do risco deste procedimento e orienta para não cometer estes erros. "O Correto é disponibilizar todos os documentos que comprovam o trabalho dos contratados (livro ponto, contrato, ofícios de encaminhamento à secretaria) para que o servidor prejudicado busque a assessoria jurídica no sindicato para entrar com ação na justiça", orienta o presidente da subsede.

Levantamento

Na tentativo de levantar todos estes problemas e pressionar o executivo para corrigi-los, tendo em visto o ano letivo de 2015, a direção da subsede encaminhou às escolas um ficha com levantamento de todas as situações estruturais e de pessoal. Solicitamos que esta ficha preenchida seja devolvida à subsede o mais rápido possível, para que possamos confeccionar um dossiê e representar a administração de VG no Ministério Público. Junto é importante, caso for possível, encaminhar algumas fotos dos problemas estruturais.

Ciuabá, MT - 13/11/2014 11:58:10


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