Uma mobilização com cerca de 200 trabalhadores da educação pública de Sorriso (420 km da capital) percorreu a avenida principal da cidade até a Prefeitura, nesta quinta-feira (26.03), protestando contra o descaso do executivo com a valorização profissional e qualidade da educação pública. O manifesto contou com a participação do secretário de articulação sindical,Júlio  Júlio César Viana.

“A adesão só não foi maior porque a gestão implantou a cultura do medo, realizando ameaças, intimidação e assédio moral”, destaca o presidente da subsede do Sintep de Sorriso, professor Edivaldo Mazolini. 

Conforme ele, entre as ameaças estiveram o corte do ponto, passando por suspensão do aumento de 10% prometido pelo prefeito, bem como representantes da Secretaria de Educação em todas as unidades escolares ‘intensificando’ as visitas. “Como se isso fosse insuficiente fechou as portas das unidades escolares aos representantes do Sintep”, relatou Mazolini. 

A capital do agronegócio no país revela o desrespeito com a educação pública ao se negar a negociar com os representantes legítimos da categoria, a pauta de reivindicação 2015. Apesar do título nacional no agronegócio, os professores do município recebam salários de R$ 1.414,00, para profissionais com nível superior. Enquanto o piso nacional para os trabalhadores da educação de nível médio é de R$ 1917,78.

A Subsede do Sintep em Sorriso, entidade legítima e com representatividade e abrangência em todo o território de Mato Grosso, teve a pauta ignorada. “O prefeito demonstra desconhecer a legislação nacional ao querer escolher o sindicato para negociar com a categoria de acordo com suas conveniências”, afirmou o presidente. 

A qualidade da educação passa pela valorizados da carreira dos trabalhadores da educação, espaços pedagógicos adequados e equipados, além de assegurar um numero de alunos por sala, em que se possa realizar o trabalho pedagógico. “É inadmissível trabalhar com salas superlotadas, transformando-as em depósito de crianças”, disse.

Segundo o presidente da Subsede, em mais de dois anos o prefeito não construiu nenhuma escola, apenas quatro salas de aulas.

A Capital do agronegócio apresenta ainda: carreira fragmentada, com funcionários terceirizados nas escolas; escolas com problemas de infraestrutura física; e menores desenvolvendo funções de profissionais técnicos.

A pauta de reivindicação da categoria traz com pontos de reivindicação: o reajuste de 13,01% retroativo a janeiro e equiparação salarial com a rede Estadual; implantação da jornada de 30 semanais; fim da terceirização no espaço educacional; cumprimento da Lei Municipal 1984/210 que determina o mínimo de estudantes por sala; e equipamentos pedagógicos funcionando. E agora mais um item: respeito com a Educação!

Assessoria/Sintep-MT

Fotos: Júlio Cesar Viana


Ciuabá, MT - 27/03/2015 18:47:07


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