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Acampados em frente a Prefeitura Municipal de Matupá, desde segunda-feira (27.04), os trabalhadores da rede municipal de educação cobram do Prefeito, Válter Miotto Ferreira, compromisso com a Educação. O gestor se nega a conversar com a categoria para estabelecer metas que levem o município a avançar na valorização da carreira e na qualidade da educação pública.
Há quase dois meses paralisados, numa greve iniciada dia 5 de março, os profissionais reivindicam o reajuste de 13,01% segundo a Lei Nacional do Piso Salarial, a reestruturação do Plano de Carreiras Cargos e Salário (PCCS), que desde 2012 foi desmantelado, promovendo um retrocesso na conquista da unificação da carreira e do piso salarial. “Atualmente temos uma tabela para os profissionais das escolas uma para professores nível médio magistério e outra para os demais professores-graduados e pós graduados”, relata a presidente da subsede do Sintep-MT no município, Regielma Bentes.
Segundo Regielma, a administração municipal se mostra “irredutível” a negociação. “Não conseguimos nem conversar, pois o prefeito se recusa a nos receber e chamou a polícia para impedir a nossa manifestação, que está sendo pacífica”, esclarece a presidente.
O Sintep-MT de Matupá conhecendo o compromisso com os estudantes e familiares promoveu audiência pública para esclarecimento e houve também audiência promovidas pelo Ministério Público para tentar intermediar na negociação com a gestão. Mas as inúmeras tentativas foram em vão.
A presidente relata que durante a mobilização em frente à Prefeitura os profissionais foram ameaçados pelo Prefeito que mandou que todos saíssem com suas faixas, pois iria chamar a polícia para prender a todos. O descaso no atendimento aos educadores está sendo testemunhado pela população. “Muitos pais de alunos estão nos apoiando inclusive trazendo água e café para os acampados”, relata Regielma.
Os veículos de comunicação no município, que segundo informações são tutelados pela gestão municipal, não deram o espaço para que os profissionais comunicassem à população os motivos da paralisação. Para reverter o monopólio da mídia, o Sintep-MT Matupá postou nas redes sociais um esclarecimento sobre os motivos da greve. Confira
Assessoria/Sintep-MT
