Professores da rede municipal de Santo Antônio de Leverger saem em passeata pela avenida principal do município nesta quarta-feira (13.05). O ato marca o primeiro dia de greve dos educadores da rede municipal.  Posicionados na frente da Prefeitura Municipal cobraram do prefeito, Valdir Ribeiro, pagamento do piso salarial com base nos valores da lei do Piso Nacional e enquadramento dos funcionários profissionalizados das escolas, conforme a Lei 12.014/2010 e o Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS).
“Ou paga o piso ou paga o preço”, destacou o diretor regional Ricardo Assis, ao falar sobre o descaso do prefeito com a educação e, principalmente, com os educadores. Segundo ele, a data definida para a paralisação - 13 de maio - foi oportuna para lembrar que a escravidão acabou.
“Estamos negociando há um ano.’”, informou a presidente da subsede do Sintep em Santo Antônio, Claudinete Magalhaes.  Segundo ela, a mobilização de 2014 gerou um plano de pagamento. O salário de R$ 803,00 passaria para R$ 1.100, 00 e no mês de agosto de 2014 uma nova avaliação seria feita para que se pudesse avançar. O objetivo de chegar ao piso proporcional em 2015, que é de R$ 1917,78.  O prefeito não cumpriu a negociação e apresentou em maio, o valor de R$ 1.217,00. 
Descaso
“Não há mais o que negociar”, acredita a técnica administrativa, Meire Aparecida Fonseca de Souza. Servidora da educação graduada, há mais de 27 anos.  Mesmo graduada cursou o Profuncionário. Em 2011, com a Lei da Profissionalização foi reenquadrada, mas até hoje aguarda o adicional no salário.
A passeata passou pela Câmara Municipal e cobrou dos vereadores empenho na causa da Educação. “Os legisladores devem ficar atentos para que a Lei Orçamentária Anual (LOA) estabeleça recursos que garantam o reajuste dos salários dos educadores”, destacou o secretário de Finanças do Sintep-MT, Orlando Francisco. Os manifestantes seguiram para a porta da Secretaria Municipal de Educação.
O secretário de Educação, Minadabes de Miranda, conversou com os profissionais pedindo mais tempo para negociação antes de uma paralisação definitiva. Em resposta, a presidente da subsede do Sintep confirmou, na frente do chefe de gabinete da prefeitura, que compareceu na Secretaria, que o encerramento das negociações foi uma decisão da própria administração. Diante desse posicionamento a categoria definiu pela greve.
O município tem 43 unidades escolares, a maior parte escola de campo localizadas em áreas afastadas. Uma das representantes desses profissionais que atuam na área rural, professora Adilza Santos, cobra avanços. “Trabalhamos em condições precárias, salas multiseriadas formadas por estudantes da educação infantil e fundamental, escolas sem estrutura física, pedagógicas. Totalmente desvalorizados. Que qualidade de Educação podemos garantir nossos estudantes?”, questionou. 
Assessoria/Sintep-MT

Ciuabá, MT - 13/05/2015 16:49:39


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