Os/as trabalhadores/as da educação rede municipal de Colniza entraram em greve ontem, quinta-feira (27.08), após meses de tentativa de negociação entre a categoria e o Poder Executivo municipal. Os profissionais reivindicam o cumprimento do pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês; pagamento da diferença da recomposição salarial de 13,01% , para todos os profissionais; enquadramento; jornada de 30 horas; reformas nas escolas rurais sucateadas; concurso público; critérios para contratação para o próximo ano letivo; entre outros.
“Até o momento a administração somente apresentou justificativas não convincentes para a negligência ao atendimento da pauta dos/as trabalhadores/as”, informa a presidente da subsede de Colniza, Ruth Souza. Antes do início da greve, relata a presidente, a administração tentou intimidar os profissionais da Educação, com corte de salários, demissões de funcionários contratados e utilização dos meios de comunicação para atacar a categoria na tentativa de coagir os profissionais.
A presidente relata também, que nas ‘visitas’ feitas a subsede do Sintep, o secretário de Educação, também professor, Joel Candioto, tentou convencer os profissionais a pararem a mobilização alegando que não há constitucionalidade na greve. Segundo ele, a greve só poderia ser feita para reivindicar salário. “Um absurdo vindo de um Educador, com anos de carreira e pior, ex-sindicalista”, destaca Ruth.
Segundo o Sintep Colniza, o único documento protocolado pela Prefeitura, dia 26.08, não apresentou nenhuma contraproposta. “Pelo contrário, modifica o teor das discussões, pois ofende o conhecimento que temos das Leis, negligenciando os estudos apresentados pelo Sintep à administração e todas as discussões, as quais sempre apontamos onde e o quê pode ser feito para atender as reivindicações”, afirma ela.
No documento, a administração alega não poder realizar o pagamento até o 5º dia útil de cada mês porque o repasse do governo federal é feito até o dia 10 de cada mês; que não concede o pagamento da diferença do reajuste salarial de 13,01% com base no piso, porque os mesmos não são profissionais do magistério da educação básica; em relação ao enquadramento, informa que está realiza um levantamento para identificar situações de “desenquadramento” existentes.
E ainda, quanto a jornada de 30 horas, prevista no Plano Municipal de Educação, é preciso serem feitos estudos para verificar a viabilidade econômica, financeira e de qualidade para implantação imediata. E mais, nega o sucateamento das escolas rurais. Ou seja, assume publicamente o desrespeito e descaso do Poder Executivo pelos profissionais da Educação e pela própria Educação que nós Profissionais defendemos para que seja de Qualidade”, conclui
Confira abaixo a pauta de reivindicações e as alegações da prefeitura de Colniza