Neste segunda-feira (09.06), segundo dia de Greve da Educação da rede municipal de Várzea Grande, os/as professores/as e funcionários/as realizaram Ato de Protesto na porta da prefeitura para cobrar compromisso do prefeito Wallece Guimarães. A greve foi retomada nesta sexta-feira (06.06). Após 37 dias, a greve tinha sido suspensa no dia 24 de março, após assinatura de Termo de Conciliação mediado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Durante o Ato, a presidenta da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso de Várzea Grande (Sintep/VG), Maria Aparecida Cortez, enumerou os motivos que levaram a categoria a retomar a Greve. Mas, maior revolta é dos profissionais contratados que ainda não receberam este ano e não se sabe quando irão receber.

Segundo ela o principal motivo da retomada da greve pela categoria foi pela falta compromisso do prefeito Wallace Guimarães. "Esta administração de Várzea Grande vem promovendo ações que visam única e exclusivamente à desvalorização dos trabalhadores/as da educação. É inadmissível que os erros cometidos são para saber quem são os profissionais educação ou como afirmou o secretário de educação Jonas Sebastião, em nota, que são para cumprir a legislação", frisou Cida Cortez.

"Profissionais contratados sem salários, vários servidores continuam com salários errados, funcionários da educação com seus direitos trabalhistas sonegados. Acumulam-se os prejuízos dos profissionais da educação em decorrência à péssima administração e da falta de mando da Administração Wallace", aponta a presidenta do Sintep/VG, afirmando que falta transparência na aplicação dos recursos da educação, se referindo ao fato que as escolas não receberam o espelho da folha e nem os servidores tiveram acesso aos holerites.

Para o diretor regional da Baixada Cuiabana do Sintep/MT, Ricardo de Assis, presente no Ato, a categoria precisa demonstrar força e resistência para garantir os seus direitos. "A politica da maioria das prefeituras da baixada cuiabana é de desvalorização dos/as trabalhadores/as da educação. Não aplicam corretamente os recursos da educação, não pagam o piso salarial dos profissionais da educação e principalmente não honram com os compromissos e acordos assinados com a categoria. Diante disso, companheiros/as só temos uma alternativa a luta", afirmou o diretor regional pedindo união e força aos profissionais da educação de Várzea Grande.

O diretor regional também mencionou a Greve da Educação em Santo Antônio do Leverger pelo mesmo motivo. "Lá, a categoria retomaram, hoje, uma greve que estava suspensa, pela falta de palavra do prefeito municipal", apontando que a situação também é crítica em Nossa Senhora do Livramento que paga o piso salarial mais baixo entre os municípios da baixada cuiabana.

O secretário Jonas Sebastião compareceu ao ato para se justificar e dizer que a greve não é necessária porque está cumprindo rigoramente o "Termo de Conciliação", tanto que a prefeitura pagou o reajuste salarial de 16,29%, na folha de maio .

Ele foi questionado pela categoria que cobrou o pagamento dos contratados. Irritado se recusou em apresentar previsão para efetuar o pagamento e não apresentou nenhuma data para cumprir os demais pontos do acordo assinado perante o Tribunal de Justiça. Sobre as demissões, responsabilizou as diretoras, que segundo ele, usam de "manobras" para garantir mais cargos na escola.

A direção informou ao secretário que o reajuste não foi pago na folha de maio conforme o termo de conciliação e sim em folha suplementar, depois que a categoria entrou em greve na quinta-feira.

Foi apontado para o secretário que além do pagamento de todos os contratados, com o reajuste de 16,29%, a categoria ainda aguarda a correção do valor do piso, de acordo com a lei 11.738/08; reestruturação imediata da carreira de acordo com a minuta debatida com a categoria, assegurando a correção do enquadramento de professores e funcionários; inclusão das tabelas salariais dos funcionários não-profissionalizados; revisão do enquadramento da lei 3.505/2010, inclusive para os funcionários da educação e calendário de pagamento dos retroativos.

A categoria realizará nova Assembleia dia 11 de junho e aguarda resposta a todos os itens citados. A assembleia será para avaliar e tirar novos encaminhamentos para condução da luta.

Ciuabá, MT - 10/06/2014 13:31:38


Print Friendly and PDF

Exibindo: 731-740 de 743

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter