Sintep Subsede Cuiabá destaca riscos de retorno presencial das aulas na rede municipal entre crianças dos anos iniciais

Um novo Decreto publicado no início desta semana (25/01) pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, definiu as regras para o retorno presencial das aulas na rede pública e privada de ensino na capital. A retomada na rede pública, segundo o Decreto, deve ocorrer a partir do dia 8 de fevereiro, sendo fevereiro e março de forma remota e, em abril, na modalidade híbrida. Já para os estabelecimentos privados, no ensino fundamental e médio, o retorno pode acontecer, remotamente, no dia 1º de fevereiro e a partir de março com a adoção do sistema híbrido.

Tanto a rede pública quanto a privada devem observar o limite de 50% da capacidade total de cada sala de aula, bem como todas as medidas de biossegurança como, por exemplo, distanciamento entre as carteiras, disponibilidade de álcool 70% ou produto semelhante para higienização e uso de máscara, entre outras. Além disso, o estudante só poderá retornar mediante a assinatura, obrigatória, de um termo de autorização, por parte dos pais ou responsáveis.

A decisão consta no Decreto nº 8.315, e define que as unidades educacionais devem, obrigatoriamente, apresentar à Prefeitura de Cuiabá um Plano Estratégico de Retomada Segura das Atividades. No caso da Educação Infantil (de 0 a 5 anos e 11 meses), especificamente, o Decreto autoriza o retorno 100% presencial, com imite de 50% da capacidade de cada sala. Quanto a isso, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), subsede Cuiabá, João Custódio, questiona como essas regras sanitárias poderiam funcionar quando aplicadas entre crianças que estão inseridas na educação infantil, nos anos iniciais. “Como é que você fala para uma criança de quatro, cinco anos, que ela não pode ficar perto do coleguinha? Ou então, que ela precisa usar a máscara facial o tempo todo? Isso é muito nítido que não tem como funcionar, porque a criança nessa faixa estaria ainda não tem condições de compreender com clareza sobre os riscos dessa pandemia”, disse.

O dirigente sindical ainda alerta que a postura negacionista por parte do governo federal, causou impactos inimagináveis. “Entendemos que negar os riscos desse vírus é seguir na contramão da vida. Vimos o governo Bolsonaro fazer isso e agora o país já chega a triste marca de quase 220 mil mortes. Mato Grosso se ultrapassou os 5 mil óbitos. Não podemos menosprezar os riscos”, disse. Além disso, Custódio ainda citou que boa parte dos profissionais da educação integram grupos de risco, seja pela idade, ou por alguma comorbidade. “Nosso posicionamento enquanto representantes de classe, é que possamos retomar às aulas somente com a garantia de segurança sanitária tanto para os educadores, quanto para os nossos estudantes, e isso só se dará de forma efetiva com a imunização em massa da população. Precisamos priorizar vidas e levar a ciência a sério. Sabemos que o ensino à distância ou a paralização das aulas não são o melhor cenário, mas não podemos colocar esse impacto negativo acima da saúde e da vida”, ponderou.

Fonte: Assessoria/Sintep-MT.


Ciuabá, MT - 28/01/2021 11:36:42


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