Em greve desde ontem (16), os trabalhadores da educação de Sinop, a 503 km de Cuiabá, estão acampados em frente ao prédio da Secretaria Municipal de Educação. A paralisação conta com a adesão de 100% das unidades escolares. A categoria reivindica o piso salarial de R$ 1.260,00 para jornada de trabalho de 30 horas semanais desde abril do ano passado, mas o prefeito, Juarez Costa, não apresentou uma proposta concreta de reajuste.

Uma reunião entre as Secretarias de Estado e Municipal de Educação, Poder Executivo e Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), na próxima terça-feira (22), irá discutir o atendimento da Educação em Sinop. Em seguida, no dia 23 de fevereiro, às 8 horas, os profissionais realizam nova assembleia geral. "Mas até lá estamos em assembleia permanente e podemos nos reunir antes caso haja alguma proposta concreta para analisar", informou o vice-presidente da subsede, Valdeir Pereira.

A entidade solicitou dados mais completos da folha de pagamento à Secretaria, com todas as informações dos servidores da educação. "Até o momento temos apenas demonstrativos, mas não tem o extrato completo da folha". O sindicalista disse ainda que o quadro de profissionais precisa passar por um redimensionamento. "O número de alunos está acima da capacidade, tanto na rede estadual quanto municipal", apontou Valdeir Pereira.

A categoria está mobilizada. De acordo com o secretário de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Henrique Lopes, o ato público desta quarta-feira que marcou o início da greve teve participação maciça dos trabalhadores da educação. "A greve em Sinop era inevitável, em função da falta de proposta do Poder Executivo, e os profissionais estão dispostos para a luta", analisou. O acampamento também é uma demonstração da força do movimento. Só hoje (17) de manhã havia 130 pessoas acampadas, com o objetivo de pressionar e acompanhar de perto os encaminhamentos do Executivo Municipal.

Atualmente, o município paga o piso de R$ 1.266,00, mas para jornada de 40 horas. Em reunião na manhã do último dia 09, o vice-prefeito de Sinop, Aumeri Bampi, sinalizou a implantação de R$ 1.400,00 para jornada de 40h. Porém, o documento encaminhado pela prefeitura na véspera da assembleia do último dia 10, não estabeleceu correção salarial, propôs apenas a criação de uma nova comissão para estudar as receitas e estipular um piso possível.

Um absurdo - De acordo com Henrique Lopes, a solicitação é um absurdo. "Já fizemos todo o estudo, inclusive no período de férias, durante quase dois meses, e encaminhamos um relatório para o prefeito", lembrou. Além da questão salarial, é preciso avançar na estruturação da carreira para que todos os profissionais da educação sejam contemplados, inclusive os funcionários de escola. Quanto a isso, a subsede do Sintep/MT já possui uma minuta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) com esta proposição.


Foto: Site Só Notícias


Cuiabá, MT - 17/02/2011 00:00:00


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