Dia 05 de março de 2011. Esse é o prazo final estipulado pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) de Rondolândia, a 1.600 km de Cuiabá, para que o prefeito, Bertilho Buss, formalize um compromisso com a categoria. O encaminhamento foi tirado ontem (17) de manhã, em assembleia geral. Caso não haja resposta do Executivo Municipal, os profissionais se reúnem novamente no dia 10 para deliberar a greve.

A medida é uma resposta ao não cumprimento do compromisso firmado pelo prefeito em outubro de 2010. Na ocasião, Bertilho Buss garantiu o pagamento retroativo aos profissionais da educação e que todos seriam enquadrados no novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) antes do início do ano letivo. Mas ele não cumpriu e hoje muitos trabalhadores da educação estão sem o devido enquadramento, informou a direção da subsede do Sintep/MT.

A categoria sempre esteve aberta ao diálogo e espera não ter que paralisar as atividades das três escolas da rede municipal. Mas, se não houver algo concreto, não haverá outra saída, acrescenta a direção. Os manifestantes contam, inclusive, com o apoio de pais de alunos. Para o sindicato, a participação da sociedade nas discussões é fundamental para o fortalecimento e legitimidade da mobilização.

Outros municípios - O PCCS também é um entrave em outros municípios de Mato Grosso. Os profissionais da educação de Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá, lutam pela implementação de jornada única com inclusão de todos os funcionários de escola no PCCS. Reivindicam ainda a implantação do 'piso possível'. Estudos feitos pela comissão formada por representantes do Sintep/MT e da prefeitura demonstraram a possibilidade de pagar o piso de R$ 950,00. Mais de 300 trabalhadores percorreram as principais ruas da cidade em ato público, no último dia 11. Porém, no mesmo dia, o prefeito, Mercidio Panosso, afirmou que é possível implantar R$ 1.024,00, o que descartou uma paralisação prevista para esta semana. O grupo tem agora até o dia 15 de abril para reformular o PCCS e concluir os estudos que comprovam a viabilidade do piso.

Em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, os profissionais da educação suspenderam a paralisação no dia 15 de fevereiro, diante da proposta encaminhada pelo prefeito, Sinvaldo Santos Brito. Em ofício, o chefe do Executivo Municipal se compromete a encaminhar o PCCS para a Câmara de Vereadores até o dia 23 de fevereiro; reajuste de 7,86% para toda a categoria retroativo a 1° de janeiro de 2011, cujo pagamento ocorrerá em maio e junho deste ano; inclusão dos funcionários de escola no PCCS; e liberação do presidente da subsede para mandato sindical classista. Mesmo assim, a categoria mantém o estado de greve e pode retomá-la caso as propostas não sejam cumpridas nos prazos estabelecidos.

Cuiabá, MT - 18/02/2011 00:00:00


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