Em função das inúmeras falhas, os trabalhadores da rede estadual de ensino de Várzea Grande decidiram ontem (17) suspender o processo de atribuição de aulas. A categoria quer que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT) garanta condições humanas aos participantes do processo, uma vez que diversos profissionais (concursados e remanescentes) permaneceram na assessoria pedagógica por mais de 12 horas, além de idas às escolas mais de uma vez no mesmo dia.

Desde o dia 10 de fevereiro, os trabalhadores da educação enfrentam problemas. Apesar de a atribuição para vagas remanescentes estar marcada para 8h, o processo só teve início por volta das 17h e, ainda assim, sem agilidade. "Um grande número de pessoas, em pé, apenas recebia a alegação de problema no sistema", lamentou a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Maria Aparecida Cortez. Após insistirem, representantes da Seduc e da assessoria pedagógica resolveram fazer o processo manualmente, sendo que os trabalhos foram concluídos às 22h30.

No dia seguinte, era a vez da atribuição dos profissionais removidos, que também começou atrasada, por volta das 10h30. Por orientação da Seduc, o processo continuou a ser feito manualmente. Também foram feitas atribuições de alguns remanescentes. Já o período vespertino foi reservado para a posse, marcada por um grande número de pessoas, novamente em pé. A assessoria pedagógica informou, então, que daria posse apenas aos Técnicos Administrativos Educacionais (TAE), profissionais do Apoio e professores de Linguagens, em função do não fechamento de turmas.

Além disso, a atribuição de aulas dos interinos foi adiada para o dia 17. "Nessa altura, já existiam até atribuição em aulas inexistentes", informou Cida Cortez. Em meio a tanta desorganização, o processo terminou por volta das 21h. A subsede do Sintep/MT se reuniu com um grupo de profissionais e encaminhou uma solicitação à Seduc para que o quadro de vagas seja afixado em local visível e a conclusão do fechamento das turmas para prosseguimento da posse. Mas a entidade não foi atendida.

No dia 12, permanecem os mesmos problemas. "Advertimos a comissão de atribuição sobre a postura de induzir o candidato a pegar ou não determinada escola e questionamos o motivo de não dar posse no CEJA (Centro de Educação de Jovens e Adultos) Licínio Monteiro", contou. A entidade foi informada que, em função da matrícula nesta unidade ser trimestral, não fecha carga horária de 20h em sala. "O Sindicato é contrário a este encaminhamento e solicitou providências junto à Seduc, que não nos deu retorno".

Falta de dados - Muitos candidatos retornaram à assessoria pedagógica com a carta de apresentação por não existirem os cargos ou por duplicidade de profissionais para a mesma vaga. Durante todo o dia 14, vários profissionais repetiram este procedimento. No dia remarcado para a atribuição dos interinos (17), os trabalhadores da educação compareceram e formaram uma fila em frente à assessoria. Muitos chegaram às 6h e permaneceram no sol até a equipe anunciar que não dispõe dos dados para fazer a atribuição. "Eles não sabiam sequer quantas e quais escolas ainda não tinham atribuído aulas, uma situação lastimável", protestou a presidente do Sintep-VG.

 

Cuiabá, MT - 18/02/2011 00:00:00


Print Friendly and PDF

Exibindo: 6591-6600 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter