Por causa das dificuldades
enfrentadas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato
Grosso (IFMT) em ofertar o Curso Técnico de
Formação para Funcionários da Educação (Profuncionário), o instituto deve
adotar o modelo ofertado pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR), que trabalha
com
vídeo-aulas e materiais impressos.
O IFMT
afirma que existe o risco de o Profuncionário
não ser realizado este ano, por conta de dificuldades como a não liberação de
recursos para a execução do Plano de Trabalho e a inexistência da rede E-Tec
(Escola Técnica Aberta do Brasil) na instituição. A proposta de buscar o modelo
do Paraná como solução de curto prazo foi feita pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da
Educação (Setec/MEC), em reunião da Coordenação Estadual do Profuncionário,
realizada na segunda-feira (19).
Porém, a vice-presidente do
Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT),
Jocilene Barboza, que integra a Coordenação Estadual do Profuncionário juntamente
com a secretária de Funcionários do Sintep/MT, Guelda Andrade, afirma estar
preocupada com o número de 35 alunos por tutor adotado pelo IFMT e que poderá
vir no "mesmo pacote" dos materiais impressos e dos DVDs a serem
adquiridos pelo MEC.
Outra preocupação é que os
módulos utilizados passaram por modificação no Paraná. "É preciso checar se
eles mantêm a proposta da profissionalização, que á a formação pedagógica e
política dos funcionários, além da formação técnica específica", completou a
vice-presidente do Sintep/MT. O IFMT e a Seduc deverão visitar o IFPR entre os
dias 12 e 14 de abril para conhecer a metodologia do trabalho desenvolvido. E,
até esta data, elaborariam novo Plano de Trabalho ao MEC com base na
distribuição dos polos a serem constituídos e o Edital de Seleção de Tutores
para início da profissionalização em agosto de 2012.
Alternativa - Nos dias 15 e 16 de março, ocorreu
uma reunião entre o IFMT e Seduc com a Setec/MEC, em Brasília (DF), que foi
solicitada pelo Instituto mato-grossense por causa da preocupação levantada em
fevereiro, principalmente pelo Sintep/MT,
quanto ao atraso no início do Profuncionário. Na oportunidade, o Sindicato reafirmou
a posição de que a Seduc - até que o IFMT se organize - deve reassumir, em
parceria com os municípios, a profissionalização dos quase cinco mil
funcionários, que há mais de um ano aguardam por isso.
A Coordenação Estadual do
Profuncionário pediu que a Seduc e a União Nacional dos Dirigentes Municipais
de Educação do Estado de Mato Grosso (Undime-MT)
apresentassem os investimentos necessários para garantir a oferta do curso em
parceria, fazendo as adequações necessárias
A secretária de Funcionários
da Educação do Sintep/MT, Guelda Andrade, lamenta o descompromisso do Governo
Estadual e dos Executivos municipais com a profissionalização. "Além dos
prejuízos na carreira, a educação deixa de ter a atuação qualificada destes
profissionais. Cobramos maior comprometimento da União com a educação básica, o
que não significa que os Estados e municípios devem se desobrigar desta
responsabilidade", ressaltou.