Os trabalhadores da rede municipal de ensino de Matupá (
"Ele [prefeito] está fazendo uma interpretação equivocada da lei do piso [Lei 11.738] ao confundir magistério formação com magistério carreira", afirmou a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Jocilene Barboza dos Santos.
Segundo o presidente da subsede do Sintep/MT de Matupá, Neemias Silvino dos Santos, as negociações com o prefeito não avançaram e o Executivo Municipal insistiu em alterar a tabela salarial. A categoria aprovou a greve, a partir do dia 16 de abril, em assembleia geral realizada no dia 2 de abril, após a Câmara Municipal aprovar o projeto de lei.
Os trabalhadores da educação continuam mobilizados e não aceitam a decisão do prefeito de modificar a tabela e conceder reajuste diferenciado. O que mais deixa a categoria indignada, afirma o presidente da subsede, é o argumento do prefeito de que tem recursos para pagar o piso salarial para toda a categoria, mas que esbarra na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), no limite de 54%. Para o sindicalista, esse argumento não é válido, pois não é a folha de pagamento da educação que causa o inchaço na administração municipal, mas sim, as folhas das outras Secretarias.
Desde segunda-feira, os trabalhadores da educação realizam uma série de ações para esclarecer a população sobre os motivos da greve. A rede municipal de ensino de Matupá tem cerca de 10 escolas e mais de 200 trabalhadores.